Apifarma encomenda estudo para avaliar criação de cluster de cannabis medicinal em Portugal. Mercado nacional ainda é pequeno e aposta-se sobretudo na exportação.
A Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica encomendou um estudo à consultora EY (novo nome da Ernst & Young) sobre a possibilidade de se promover um cluster de canábis medicinal no país. Os consultores concluem que “Portugal reúne um conjunto de condições altamente favoráveis à indústria da cannabis medicinal, beneficiando de um cluster integrador de toda a cadeia produtiva”, apontando quatro áreas em que é preciso investir para possibilitar essa hipótese. Num mercado em expansão, o número de licenças para cultivo de cannabis para efeitos medicinais quadruplicou, no nosso país, entre 2019 (o ano da entrada em vigor da nova lei) e o primeiro semestre deste ano.
O estudo da EY é claro em demonstrar que a canábis medicinal é um mercado em expansão, a nível mundial. Os dados recolhidos pela consultora indicam que a despesa global de produtos à base de canábis duplicou, em todo o mundo, entre 2018 e 2020, “prevendo-se um aumento ainda mais expressivo até 2024”. E na Europa esse crescimento deve ser ainda mais notório, com a quase totalidade dos países a licenciar esta actividade. Se, em 2020, o continente europeu representava menos de 1% da despesa global de produtos à base de canábis, a expectativa é que essa percentagem suba para os 8% em 2024, lê-se no documento.
Por cá, os números são modestos, mas também reflectem essa tendência, o que leva a consultora a classificar Portugal como “um mercado emergente e com potencial na indústria da cannabis medicinal”. Basta olhar para a evolução das licenças emitidas pela Autoridade Nacional do Medicamento […]
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