A indústria da madeira pode ter um impacto positivo no planeta, desde que a floresta seja gerida de forma sustentável – do ponto de vista ambiental, sim, mas também social e económico, explica Joana Faria, diretora-executiva da FSC Portugal
Na sequência da Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992, várias ONG juntaram-se para fazer aquilo que os governos do mundo não conseguiram: criar uma forma de proteger as florestas e travar a desflorestação. Nasceu assim o Forest Stewardship Council (FSC), para promover uma gestão florestal responsável, certificando matéria-prima com origem em florestas sustentáveis – separar o trigo do joio. Em 2007, entrou em Portugal, pela mão da WWF.
“A certificação assenta em três pilares: ecológico, económico e social”, descreve Joana Faria, diretora-executiva da FSC Portugal, na conversa da VISÃO VERDE desta semana. “Promovemos uma gestão ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável das florestas em todo o mundo. Costumo dar o exemplo de um banco com três pés: se retirarmos um dos pés, o banco cai. Tão importante com o lado ambiental é o social, as condições dos trabalhadores.” E o lado económico ajuda a sustentar os