Joana Petiz

O desordenamento do território – Joana Petiz

Quatro anos passados sobre a tragédia de Pedrógão, muito pouco mudou. Obrigou-se uns desgraçados a cortar as árvores de fruto que lhes davam algum alento, outros a criar carreiros e arrancar oliveiras que há décadas se colavam às casas, ironicamente, protegendo-as, e ficámos todos muito contentes com o resultado, conseguido à custa de ameaças de multas e expropriações inconcebíveis.

Num país em que a maioria da área de floresta e mato não tem dono identificado, foi-se atrás de quem já fazia o que sabia necessário para proteger os seus bens, tantas vezes escassos. Apontou-se o dedo ao vil capital que vive dos eucaliptos – os mesmos que quem estuda os riscos garante que fazem uma gestão florestal verdadeira e segura que quem dera fosse replicada. Deixou-se o fumo da resposta fácil toldar a razão de uma ação concertada e adequada, capaz de evitar que aquele inferno volte a acontecer.

São especialistas em florestas que deixam hoje o alerta de que há fortes probabilidades de que

Continue a ler este artigo no Diário de Notícias.


por

Etiquetas: