A ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, afirmou hoje que “o Governo respeita muito os agricultores”, garantindo que acolheu as medidas da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) possíveis de acolher.
“As medidas da CAP foram acolhidas, aquelas que era possível acolher, na justa medida como acolhemos também as da CONFAGRI e da CNA [Confederação Nacional da Agricultura], desde que tenhamos os instrumentos necessários e suficientes para o poder fazer”, apontou.
Segundo noticiou a Renascença na segunda-feira, a CAP criticou o despacho da ministra da Agricultura, que reconhece que Portugal está a sofrer de uma seca severa ou extrema, acusando o Governo de estar “a gozar com os agricultores”.
A CAP apontou o dedo ao Governo, por não estar a acautelar o financiamento para fazer face aos efeitos da seca, lembrando que apresentou mais de 40 medidas e que “o Ministério da Agricultura não seguiu praticamente nada”.
À margem da apresentação da Agenda de Investigação e Inovação do Centro de Competências para a Agricultura Familiar e Agroecologia, que decorreu em Coimbra, Maria do Céu Antunes aludiu ao despacho recentemente alterado e que permite colocar “todos os agricultores em acesso igual às medidas que estão em vigor”, agora que todo o país está em seca severa e extrema.
A ministra da Agricultura recordou ainda que já tinham sido disponibilizados “um conjunto de recursos”, quer para agricultores em modo de produção biológico ou até para aquisição de cisternas e outros equipamentos.
“Os agricultores portugueses contam, este ano, com 104 milhões de euros de apoio extraordinário para fazer face ao impacto da seca e da guerra, para conseguir garantir a produção”, concluiu.