O inventário que torna a gestão mais eficaz

As tecnologias de informação ao serviço da floresta permitem um conhecimento sistematizado que facilita o planeamento.

Quanto melhor é o inventário e a monitorização da floresta, maior será a eficácia da gestão aplicada no terreno, com vantagem também para a diminuição dos custos das operações florestais. Neste conhecimento sistematizado, as tecnologias de informação atualmente disponíveis “fazem a diferença em todas as áreas, seja no ordenamento da paisagem, na monitorização de pragas e doenças, ou na prevenção do risco de incêndio”, como sublinha Margarida Silva, investigadora na Área de Biometria e Informação Florestal do Instituto RAIZ.

Dados recolhidos por drones já começam a ser acessíveis e o próximo passo envolverá ainda mais a informação de satélite e a cobertura LiDAR do território, que irão mapear ao pormenor os espaços florestais.

“Atendendo à quantidade de tecnologias e informação disponível, e também de ciência que permite a sua aplicação às necessidades específicas florestais, seria um desperdício não as utilizar e potenciar ao máximo para aumentar a nossa eficiência e contribuir para gerar consensos”, acrescenta a investigadora, destacando a importância deste conhecimento: “Dados atualizados, precisos e facilmente acessíveis, quando deles necessitamos, ajudam os decisores a focarem-se na prevenção ou numa atuação mais célere, para evitar ao máximo danos, sejam eles causados por incêndios florestais ou no controlo de pragas e doenças emergentes.”

Esta floresta de precisão que está a nascer em Portugal permite melhor planeamento dos espaços florestais, definindo as zonas ideais para a instalação de florestas de produção, mas também os locais para a floresta de proteção e conservação e o seu potencial de introdução de biodiversidade.

Pioneirismo no setor florestal

O setor florestal e, em particular, as entidades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) são pioneiras na utilização de tecnologia de informação em Portugal.

As bases de dados relacionais, sistemas de informação geográficas (SIG), coletores de dados com recurso a GPS e fotografias aéreas, são atualmente utilizadas de forma operacional e generalizada. Dados recolhidos por drones já começam a ser acessíveis e o próximo passo envolverá ainda mais a informação de satélite e a cobertura LiDAR do território, que irão mapear ao pormenor os espaços florestais.

Conheça melhor as diferentes fontes de dados geográficos a que recorrem os SIG no apoio à gestão florestal aqui.

O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.


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