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O Pêssego da Cova da Beira lança perfume, sabor e muitas memórias

É no Fundão que José Tomaz Castello Branco, também professor universitário em Lisboa, produz Pêssego da Cova da Beira IGP, uma variedade “extremamente saborosa e suculenta” cuja produção é exclusiva dos concelhos do Fundão, Covilhã, Manteigas e Belmonte, no distrito de Castelo Branco. Perfumado, remete aos cheiros da infância e tem na variedade uma das suas principais características. “Da terra à mesa” é um projeto Boa Cama Boa Mesa que dá a conhecer os produtos portugueses a partir de histórias inspiradoras e de sucesso, desde a produção até ao consumidor, em casa ou no restaurante.

“A Quinta da Porta é uma quinta familiar que vem de há muitas gerações”, começa por explicar José Tomaz Castello Branco, produtor em Vale de Prazeres, no Fundão, e professor universitário em Lisboa, que começou a revitalizá-la há 20 anos. “Tive que começar a esticar as 24 horas do dia e os sete dias da semana” para conseguir conjugar as duas funções.

No terreno, produz Cereja do Fundão IGP, a estrela da companhia, mas o Pêssego da Cova da Beira, também com o selo de Indicação Geográfica Protegida, tem ganho fervorosos adeptos ao longo dos anos. E as entregas porta a porta em todo o território continental facilitam a proximidade com os consumidores finais. “Os pêssegos são ainda melhores do que as cerejas”, ouvem recorrentemente. “Uma vez provado o nosso pêssego, não querem outro.”

De facto, as condições edafoclimáticas são “absolutamente excelentes”. Falamos de invernos frios e verões quentes mas, sobretudo, de “uma particularidade na zona de serra, com dias muito quentes e noites muito frias, o que gera uma amplitude térmica muitas vezes anda na ordem dos 20ºC ou, pelo menos, sempre acima dos 10ºC”, elucida. Também o tipo de solo, muito granítico, dá à fruta um paladar muito específico, e o tratamento das árvores, “a forma como nos relacionamos com elas e como as tratamos” influencia a qualidade dos frutos. “É difícil de provar, mas é uma crença que eu tenho”, remata.

É um pêssego perfumado e doce , mas “aquilo que torna um pêssego fora de série é o equilíbrio perfeito entre acidez e doçura”, garante Castello Branco. Na Quinta da Porta, a “época da floração dos pessegueiros começa em fevereiro e vai até março”. Já a colheita das diversas variedades acontece entre meados/fins de junho até princípio […]

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