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“O Segredo da Dieta Mediterrânea”: O que é que distingue o modelo de produção europeu de carne de coelho?

O modelo europeu de produção de carne de coelho, cujos regulamentos têm vindo a ser transpostos para a legislação nacional, é o mais seguro do mundo e assenta em cinco grandes pilares:

  1. Rastreabilidade e Segurança alimentar

Todo o processo de produção europeu de carne de coelho, desde o momento em que os animais nascem nas explorações até ao momento em que a sua carne chega à mesa do consumidor, é planeado e monitorizado. Cada fase do circuito produtivo é registada e acompanhada por técnicos competentes, seguindo os mais rigorosos padrões de higiene da cadeia alimentar. O atual quadro legislativo europeu permite garantir que apenas os alimentos seguros chegam à mesa do consumidor.

  1. Bem-estar animal

A legislação Europeia do Bem-estar Animal é também a mais rigorosa do mundo. Não há nenhuma legislação internacional em que os animais estejam em maior segurança e mais bem protegidos. Aliás, os princípios do bem-estar animal definidos pela Organização Mundial da Saúde Animal foram baseados na Convenção Europeia para a Proteção de Animais em Explorações Pecuárias. Quando falamos de bem-estar animal, referimo-nos às cinco “liberdades” definidas pelo Conselho de Bem-Estar Animal das explorações pecuárias – 1) livre de fome, sede e desnutrição; 2) livre de medos e ansiedades; 3) livre de desconforto físico ou térmico; 4) livre de dor, lesão ou doença; 5) livre para expressar padrões de comportamento

Quando foram lançadas estas cinco “liberdades”, foram também definidos 12 critérios gerais de bem-estar dos animais, que são aplicados pela generalidade dos estados-membros:

Boa alimentação

  1. Ausência de fome prolongada
  2. Ausência de sede prolongada

Boas condições de alojamento

  1. Conforto durante o sono
  2. Conforto térmico
  3. Facilidade de movimento

Boa saúde

  1. Ausência de lesões
  2. Ausência de doenças
  3. Ausência de dor induzida pela gestão

Comportamento apropriado

  1. Expressão da conduta social
  2. Expressão de outras condutas
  3. Boa relação humano-animal
  4. Estado emocional positivo

O coelho é um animal particularmente delicado que reage mal a situações estranhas. Por isso, as condições de biossegurança nas instalações são de extrema importância, como sejam o controlo de vetores e acessos. A utilização de música de fundo para evitar situações de stress, bem como a utilização de alimentos bem formulados e adaptados a cada estágio de crescimento dos animais, cujas matérias primas são produzidas na Europa, isentos de hormonas e promotores de crescimento são outros fatores a ter em conta na sua produção.

  1. Carne de Coelho e nutrição

O coelho é um lagomorfo, que consegue digerir algumas fontes de fibra, melhorando assim a sua capacidade digestiva. A carne de coelho apresenta por isso baixos índices de gordura comparativamente a outras proteínas animais. Tal como a carne de aves, a carne de coelho é uma carne magra e com um baixo teor de ácidos gordos saturados e colesterol, sendo por isso recomendada em dietas alimentares saudáveis. A Europa tem vindo a aperfeiçoar cada vez mais os sistemas de nutrição de carne de coelho de forma a consolidar esta vantagem comparativa.

  1. Sustentabilidade / Meio ambiente

Sempre que se optar por incluir carne de coelho numa dieta alimentar, contribui-se para um consumo mais sustentável. Porquê?

  • Porque o coelho é um animal muito prolífico, permitindo que numa pequena área, que pode ser instalada em zonas ociosas de explorações agrícolas, se possa implementar um núcleo de produção desta espécie, sem ocupar muito espaço. O coelho é um animal de pequeno porte, com ciclos produtivos curtos e não necessita de grandes áreas para ser criado;
  • Num núcleo de produção de coelhos para carne são consumidos, no total, cerca de 20 litros de água por cada quilo de carne produzida, sendo este consumo um dos mais eficazes e sustentável em termos de produção animal;
  • A carne de coelho é produzida em território nacional, mais perto dos consumidores, o que permite que os recursos para a sua distribuição causem um menor impacto ambiental;
  • Em termos de alimentação animal, esta é feita em grande medida à base de palhas, cascas de cereais e farelos (que não concorrem diretamente com os cereais utilizados para a alimentação humana), não criando grande pressão ambiental na produção intensiva de cereais para a sua alimentação.
  1. Economia Circular

A economia circular é um modelo económico de produção e de consumo assente na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de produtos, materiais e recursos, que ganham um valor e utilização acrescidos. Inspirada nos mecanismos dos ecossistemas naturais, contraria o modelo de consumo linear, baseado no princípio “produz-utiliza-deita fora”.

A Europa tem vindo a apostar na redução do consumo de matérias-primas e no combate ao desperdício alimentar, de água, de carbono e energia. Para alcançar estes objetivos o sector pecuário em geral e o setor da cunicultura em particular, têm estabelecido parcerias com o sector agrícola, nomeadamente com o sector cerealífero, com o objetivo de reduzir as importações de adubos de síntese e, simultaneamente, a importação de matérias-primas para a alimentação animal. Na abordagem à circularidade, a cunicultura tem dado um importante contributo no uso eficiente de matérias-primas, nomeadamente na substituição de adubos de síntese por fertilizantes orgânicos.

Sobre “O Segredo da Dieta Mediterrânea”:

“O Segredo da Dieta Mediterrânea” é o mote da campanha europeia de promoção ao consumo de carne de coelho que, nos próximos três anos, vai ajudar a redescobrir um dos produtos mais emblemáticos da dieta tradicional mediterrânea, ao mesmo tempo que adverte para os seus benefícios nutricionais.

Até ao final do ano 2021 estão já previstas várias ações de promoção e divulgação da carne de coelho, designadamente produção de conteúdos e de receitas de bloggers e influencers; roadshows junto do canal horeca (nomeadamente churrasqueiras); campanhas digitais utilizando meios online e redes sociais exclusivas (Facebook e Instagram) e presenças em TV, com spots de 20” em canais por cabo, que decorrem em simultâneo com materiais de ponto de vendas, em diversas cadeias de distribuição.


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