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O vinho alentejano cresce cá… e lá fora

Num ano dominado pela seca extrema e por dificuldades logísticas, os Vinhos do Alentejo conseguiram crescer 28% em valor no mercado nacional. Valores que permitem que Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, avalie 2022 como positivo e dê especial ênfase à exportação. Sexta-feira e sábado, no Centro Cultural de Belém, o evento WOW mostra o potencial da região.

O Alentejo é bem conhecido pelos seus vinhos. Responsável por 20% da produção de vinho nacional dos últimos oito anos, é também uma região que, especialmente este ano, atravessou um período de seca extrema. Ainda assim, apesar de todas as dificuldades, conseguiu obter um ano positivo, com aumento de vendas e de exportação. É também, até agora, a única com um programa oficial de sustentabilidade. Numa conversa com o Diário de Notícias, Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), abordou os principais números e desafios de uma região assolada pela seca e pelas dificuldades de empregabilidade, mas, também, com um produto conhecido a nível nacional e internacional.

Num ano dominado pela seca extrema e por dificuldades logísticas, os Vinhos do Alentejo conseguiram crescer 28% em valor no mercado nacional. Valores que permitem que Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, avalie 2022 como positivo e dê especial ênfase à exportação. Sexta-feira e sábado, no Centro Cultural de Belém, o evento WOW mostra o potencial da região.

Sem dúvida que, nos últimos três anos, o mundo tem vindo a enfrentar grandes mudanças e o setor vitivinícola, como tantos outros, tem vindo a deparar-se com diferentes desafios. Desde logo, poderemos destacar a (agora) recuperação do mercado nacional, o aumento dos custos de produção, a crise logística e energética, a sustentabilidade (social, ambiental e económica) e a escassez de mão-de-obra. No caso do Alentejo em particular, sendo o mercado nacional o principal destino das vendas, a sua recuperação é fundamental, em particular para os produtores de menor dimensão, que foram os mais atingidos. Entre março de 2020 e março de 2021 a pandemia teve como consequência para o Alentejo uma diminuição significativa nas vendas em Portugal, essencialmente devido à gigantesca quebra na restauração. Estamos gradualmente a recuperar dessa quebra, com aumento de 9% em volume e 38% em valor no período de janeiro a junho, mas a sentir que a inflação está a pressionar os consumidores a reduzir nas compras de vinho e a optar por preços mais baixos. Aguardamos com expectativa os resultados do 3.º trimestre, habitualmente beneficiados pela atividade turística. Claro que as exportações dão um alento muito positivo ao setor e recordamos que, no primeiro semestre deste ano, as exportações de Vinhos do Alentejo registaram uma subida de 12,4% em valor e de 9,7%, em volume, o que corresponde a 37,1 milhões euros e 10,4 milhões de litros de vinho vendidos para o estrangeiro, face a igual período de 2021. […]

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