O medo dos imigrantes que vivem fechados no hotel onde as autoridades britânicas os colocaram, as florestas na Alemanha que deixaram de ser um pulmão e tornaram-se uma fonte de carbono e dois labradores que se tornaram famosos são algumas das propostas do Repórteres do Mundo.
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“Temos de queimar o hotel e as pessoas”
Dois meses depois dos violentos protestos contra a imigração no Reino Unido, o medo continua a fazer parte do dia-a-dia em Hull.
Era um sábado de agosto. Da janela do hotel onde vive, Wahag assistiu ao ataque dos manifestantes. “Fiquei assustado, vi as pessoas a atirarem pedras contra o hotel”. O jovem de 24 anos do Iémen chegou à Grã-Bretanha de barco há poucos meses e teme que os protestos voltem a acontecer e que sejam mais graves.
Como ele, dezenas de requerentes de asilo vivem fechados no hotel onde as autoridades britânicas os colocaram. Mustafa também vive no hotel e estava lá nesse dia. “Ouvimo-los gritar: “temos de queimar o hotel, temos de queimar as pessoas que estão no hotel”, disse à Sky News.
As razões por detrás das manifestações são complexas: alguns são motivados pelo ódio e racismo, mas outros pela ideia de que os imigrantes têm melhores condições, com alojamento e comida, à custa dos contribuintes.
A vitória dos trabalhistas em julho deu uma nova esperança aos migrantes que começaram a receber autorizações de residência em vez de ordens para abandonar o país.
“Ainda me lembro do meu filho e do meu marido a rezarem em voz alta, depois eles foram mortos”
A violenta campanha de combate à droga nas Filipinas fez milhares de mortos. Os familiares das vítimas responsabilizam o antigo Presidente Rodrigo Duterte e o caso já foi enviado para o Tribunal Penal Internacional. Estão a ser reunidas provas para acusar Duterte de crimes contra a Humanidade.
Mais de 5.700 suspeitos de delitos de drogas, na sua maioria pobres, foram mortos sob a repressão antidrogas de Duterte, que alarmou grupos de direitos humanos e os governos ocidentais, motivando um inquérito a supostos crimes contra a humanidade no Tribunal Criminal Internacional.
Duterte prometeu continuar a repressão contra as drogas nos dois anos que lhe restam no poder. Agora, o Tribunal Penal Internacional está a investigar os crimes, os milhares de mortos e a corrupção das autoridades.
A Sky News encontrou em Manila um assassino a soldo que diz ter sido contratado pela polícia. Conta que se não matar é morto.
As florestas na Alemanha deixaram de ser um pulmão e tornaram-se uma fonte de carbono
As pragas e as secas enfraqueceram as árvores, que morrem e libertam CO² no processo. A maioria dos processos de reflorestação não está a recuperar o estado natural e os ambientalistas alertam para resultados devastadores.
Segundo o último inventário da Floresta Nacional, a floresta está a tornar-se menos densa. Consequentemente, morrem mais árvores do que aquelas que voltam a crescer. Quando a madeira apodrece ou arde, por exemplo, o carbono nela armazenado é libertado.
“Devido aos enormes danos relacionados com o clima, a floresta na Alemanha liberta, agora, mais carbono do que aquele que consegue absorver”.
A floresta não foi planeada como uma fonte de CO2, mas como um armazém de CO2 para reter gases nocivos. O resultado é devastador, de acordo com os ambientalistas, uma vez que, garantem, ainda não há novos planos.
O que fazem dois labradores numa igreja?
Eric e Florence são os mais recentes funcionários da Abadia de Tewkesbury, em Inglaterra. São cães de terapia, treinados para receber e confortar os fiéis. O projeto está a ser um sucesso.
O casal de labradores passeia na igreja três vezes por semana com um cartão ao peito, como qualquer outro funcionário, e até já tem direito a um espaço dedicado na loja de lembranças.