A agência norte-americana FDA – Food and Drug Administration deu luz verde à produção de porcos geneticamente modificados (GM) para consumo humano. Com a alteração do genoma destes animais, os cientistas conseguem eliminar um tipo de açúcar chamado alfa-galactose (ou alfa-gal) presente em carnes vermelhas, permitindo às pessoas alérgicas a essa substância o consumo de carne de porco.
Foi ontem aprovada pela FDA – Food and Drug Administration, nosEUA, a alteração do genoma de porcos domésticos para alimentação humana e potenciais usos terapêuticos. Designados ‘GalSafe’ (‘sem galactose’), estes animais poderão ser consumidos por pessoas alérgicas à galactose, um tipo de açúcar que se encontra na superfície das células de animais de carne vermelha (suínos, bovinos e ovinos).
Num comunicado de imprensa, o Comissário da FDA Stephen M. Hahn declara que “a FDA, no âmbito da sua missão de proteção da saúde pública, apoia o avanço da ciência no desenvolvimento de produtos inovadores de biotecnologia animal que sejam seguros para os animais e para as pessoas e que atinjam os resultados pretendidos.”
No mesmo comunicado, a agência afirma que os porcos GalSafe podem potencialmente ser usados como uma fonte de heparina, uma droga para tornar o sangue mais fino. Também os seus tecidos e os órgãos podem potencialmente resolver o problema da rejeição imunológica em pacientes que recebem xenotransplantes (acredita-se que o açúcar alfa-gal é a causa da rejeição em pacientes).
A FDA garante que o consumo humano de porcos GalSafe é seguro e que não existem níveis detetáveis de açúcar alfa-gal em várias gerações de porcos GalSafe.
Mais informação no comunicado de imprensa da FDA e nestes links: GalSafe Pigs Freedom of Information Summary ; GalSafe Pigs Environmental Assessment ; GalSafe Pigs Finding of No Significant Impact ; Veterinary Innovation Program ; Plant and Animal Biotechnology Innovation Action Plan.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.