Embora pouco falada, a biotecnologia agrícola aplicada às flores ornamentais é uma das aplicações comerciais mais importantes. O objetivo não é apenas melhorar a cor ou obter novas fragrâncias ou aromas, mas também melhorar outras características como a morfologia da flor ou a arquitetura da planta, resistência a stresses e doenças, controle do tempo de floração e da vida da flor cortada.
Através da engenharia genética também se pode encontrar fenótipos que não são encontrados na natureza, sendo o caso mais proeminente o de flores azuis em espécies nas quais o pigmento que dá essa coloração não é encontrado.
Um dos mais recentes desenvolvimentos nesta linha ocorreu na Austrália. O Office of the Gene Technology Regulator (OGTR) recebeu um pedido de licença da International Flower Developments para a comercialização de crisântemos geneticamente modificados (GM) com a cor da flor alterada. O pedido de licença é para a importação e distribuição comercial de flores de corte de crisântemos GM em toda a Austrália.
Os crisântemos GM destinam-se ao uso ornamental. A OGTR está a preparar um plano de avaliação de risco e gestão de risco para a sua aplicação, que será publicado em setembro de 2022 para comentários públicos e aconselhamento adicional de especialistas, agências e autoridades.
Mais informações no site da OGTR.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.