Operation Pollinator: sensores monitorizam biodiversidade nos campos agrícolas

O programa Operation Pollinator da Syngenta dá um salto tecnológico com o uso de sensores que monitorizam de forma automática 24h dia/7dias semana a atividade dos insetos polinizadores nos campos agrícolas.

Projeto-piloto no sul da Dinamarca com o novo “entomólogo digital” demonstrou que a atividade dos polinizadores é 60% superior nas margens multifuncionais Operation Pollinator do que nas bordaduras com vegetação espontânea.

A Syngenta comprometeu-se a acelerar a inovação para os agricultores e a natureza, investindo 2 mil milhões de dólares em agricultura sustentável até 2025. Um dos mais recentes exemplos de como a empresa está a pôr em prática este compromisso do seu Good Growth Plan, é o uso de sensores para monitorizar a atividade dos polinizadores nos campos agrícolas, ajudando a incrementar a biodiversidade na agricultura.

A Syngenta comprometeu-se a acelerar a inovação para os agricultores e a natureza, investindo 2 mil milhões de dólares em agricultura sustentável até 2025

«Na Primavera fizemos um teste com dois sensores elétricos de deteção de insetos, um foi instalado numa margem multifuncional Operation Pollinator e outro numa faixa de vegetação espontânea na bordadura da parcela. Ficámos muito surpreendidos com os resultados (da atividade e diversidade dos insetos benéficos), que foram 60% superiores na margem multifuncional», afirma Joachim Moltke, o agricultor dinamarquês que participou no projeto-piloto. «Sem dúvida, que vamos estar atentos a isto no futuro», garante.

Sensor de monitorização automática de insetos polinizadores. (Foto: FaunaPhotonics)

Sensor de monitorização automática de insetos polinizadores. (Foto: FaunaPhotonics)

Os sensores projetam luz infravermelha invisível sobre os insetos voadores, recebendo de volta a luz refletida por cada inseto. Em poucos segundos, a informação é analisada por um software que identifica a espécie do inseto, através da sua cor, dimensão e frequência do batimento das asas. Os dados são registados e enviados, podendo ser acedidos pelos agricultores através de uma aplicação instalada no telemóvel.

«O nosso sensor deteta e regista tudo o que voa à sua volta, a qualquer hora do dia. Ao invés de nos deslocarmos ao campo, temos lá ‘alguém’ que vê por nós 24h/dia. Poupa imenso trabalho aos entomólogos», explica Chistoffer Gronne, biólogo da Fauna Photonics, empresa parceira da Syngenta neste projeto.

O “entomólogo digital”, assim batizado pelos seus inventores, representa um enorme avanço na monitorização da biodiversidade, pois permite obter informação em tempo real sobre o período de voo dos insetos e a chegada de novas espécies aos campos agrícolas. Ao saber quais as espécies de insetos presentes a cada momento nas suas culturas, o agricultor pode, por exemplo, ajustar a janela de aplicação dos produtos fitofarmacêuticos, minimizando o impacto nos polinizadores e outra fauna auxiliar.

Margem multifuncional Operation Pollinator em exploração agrícola em Lystrup Gods, na Dinamarca. (Foto: FaunaPhotonics)

Margem multifuncional Operation Pollinator em exploração agrícola em Lystrup Gods, na Dinamarca. (Foto: FaunaPhotonics)

«As tecnologias digitais ajudam a criar explorações agrícolas mais sustentáveis e este é um excelente exemplo da forma como a Syngenta está a contribuir para acelerar a inovação na agricultura, através de parcerias com impacto. Embora se trate de um projeto-piloto, os seus resultados são muito encorajadores e revelam as potencialidades desta tecnologia para a monitorização dos polinizadores. Esperamos que possa vir a ser aplicada num futuro próximo também nas explorações agrícolas parceiras do Operation Pollinator em Portugal», afirma Felisbela Campos, responsável de assuntos corporativos da Syngenta.

O artigo foi publicado originalmente em Alimentar com inovação.


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