Da Campina saem sementes que agricultores espalhados pela Europa multiplicam para depois regressarem a Idanha-a-Nova, para serem desenvolvidas, melhoradas, produzidas e de novo multiplicadas
Plantar, colher, multiplicar e guardar algumas sementes para o novo ciclo agrícola é prática ancestral, fundamental para a soberania alimentar. Durante séculos este processo foi feito por agricultores, mas muitas sementes têm vindo a perder-se.
Este património está a ser resgatado pela empresa Sementes Vivas, em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, que preserva da extinção sementes ameaçadas pela concorrência de variedades híbridas e transgénicas, que prejudicam o equilíbrio dos ecossistemas.
A empresa produz, processa e comercializa sementes biológicas e biodinâmicas de alta qualidade, polinização livre de hortícolas, flores, ervas aromáticas, cereais, e adubos verdes.
A terra onde as sementes são testadas, melhoradas, multiplicadas e armazenadas, ficam na Campina, os férteis terrenos nas margens do Ponsul, a região do interior a norte do rio Tejo, no concelho de Idanha-a-Nova.
“Guardar as melhores sementes para voltar a semear, era uma prática antiga que desapareceu dos campos e com ela foram muitas das variedades tradicionais”, conta Paulo Martinho, um dos sócios da Sementes Vivas. […]