Os meus tratores de campo

Com o nosso milho de 2022 semeado, acho que é oportuno apresentar a equipa de “ferros” que nos ajudou a fazer o trabalho. Ora, na terminologia do Luís, temos o “trator grande”, o “trator novo”, o “trator pequeno” e o “trator pá”, todos com cabine de segurança, rádio e ar condicionado. Este último, o “trator pá”, um JD6210, foi o primeiro que comprei há 24 anos e era então o “trator grande”. Hoje está sobretudo destinado aos trabalhos com a “pá carregadora”, na vacaria. O “pequeno” é um 5820 e está reservado para os trabalhos mais ligeiros. Curiosamente os tratores “velhos” foram comprados novos e os mais novos foram comprados “velhos” (usados) – sinais dos tempos.

Comprar o “grande”, que é um 6534 tornou – se uma necessidade para puxar a cisterna com a dimensão necessária para escoar as fossas em tempo útil. Pode parecer grande mas já há muitos tratores com o dobro da potência pela zona. A última aquisição, o “novo”, um “usado semi-novo”, é um 5125r, para fazer o máximo possível de trabalhos com mais conforto (tem suspensão na cabine e no eixo multilink), com o objetivo de proteger a minha coluna já massacrada de muitos anos de trator e outros esforços que não devia ter feito.
Porque são da mesma marca? Porque fiquei satisfeito com o primeiro, têm a oficina mais próxima, estou satisfeito com a assistência e facilita usar tratores parecidos, com os comandos semelhantes. Há quem discuta tratores com a mesma paixão com que discute futebol, política ou religião. Não vou por aí.

São muitos? São os que preciso para fazer o trabalho no intervalo de tempo disponível (dependendo do clima). Tenho uma empresa agrícola de média dimensão e tratores de média dimensão. Teoricamente, era mais barato pagar para fazer o serviço de lavrar ou semear do que comprar os tratores e as máquinas. Na prática, se toda a gente fizer assim, os prestadores de serviço não conseguem chegar a toda a gente ao mesmo tempo. Por isso pago o serviço de ensilar, de enrolar a erva e serviço de reboques no transporte da silagem, de espalhar estrume e algum extra a título excecional. O resto vamos fazemos com esta “equipa”.

PS – faltam na foto as duas relíquias com 40 e 59 anos que, devido à idade, ficam pela vacaria
#carlosnevesagricultor

O artigo foi publicado originalmente em Carlos Neves Agricultor.


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