Países em desenvolvimento precisam de dois triliões de dólares por ano para enfrentar crise climática

No âmbito da Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP27), a ONU advertiu que para o mundo abrandar o aquecimento global e a emissão de gases de efeito de estufa, os países em desenvolvimento precisam de dois triliões de dólares por ano, até 2030. Para que os países menos desenvolvidos enfrentem a crise climática, deixem os combustíveis fósseis e invistam em energias renováveis, os mais ricos terão de contribuir com pelo menos um trilião anualmente, aponta a organização num relatório.

“O nosso mundo está em perigo: a crise climática está a acelerar. A ação atual é muito fraca e muito lenta e continuar a atrasar é perigoso”, começam por alertar os especialistas no relatório, divulgado pela ONU.

Agir pelas alterações climáticas “é transformar as nossas economias, particularmente os nossos sistemas de energia, através do investimento em carbono zero, adaptação, resiliência e capital natural”. Mas essa transição, segundo as Nações Unidas, requer “forte investimento e inovação” depois do “fracasso” das metas estabelecidas até 2020.

Por isso, o “mundo precisa de um avanço e de um novo roteiro para o financiamento climático que possa mobilizar um trilião de dólares por ano em financiamento externo, que será necessário até 2030 para mercados e países em desenvolvimento (EMDCs), excetuando a China”.

Este é o investimento necessário, frisam no documeto, para que os países pobres possam abandonar os combustíveis fósseis, investir em energia renovável e noutras tecnologias de baixo carbono, para além de poderem enfrentar os impactos e consequências das alterações climáticas. Mas como indica o relatório divulgado na COP27, a decorrer no Egito esta semana, o valor deste financiamento é muito superior do que o investido em anos anteriores.

“Prevê-se que cerca de metade do financiamento necessário venha de fontes locais, do fortalecimento das […]

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