O Pasto Alentejano, sediado em Sousel, assinou um acordo estratégico com uma empresa portuguesa de energias renováveis para o fornecimento de efluentes agropecuários durante os próximos 25 anos, reforçando a aposta na valorização sustentável dos resíduos e na produção de energia renovável.
De acordo com o comunicado de imprensa, este contrato de longa duração, “pouco comum no setor”, traduz uma visão comum entre as duas empresas: transformar efluentes agropecuários em valor, impulsionar a inovação sustentável e reforçar a economia circular.
 
Assim, a empresa de energias renováveis Rega Energy vai investir mais de 40 milhões de euros na construção de uma unidade de produção de biometano em Sousel, com capacidade para tratar até 271.500 toneladas de efluentes pecuários por ano.
Através de um processo de digestão anaeróbia, estes resíduos serão convertidos em cerca de 165 GWh de biometano, um gás renovável que será injetado na rede nacional — um volume próximo do consumo anual de gás natural do distrito de Portalegre.
 
Além da produção de energia, o processo permitirá gerar cerca de 236.000 toneladas de digerido por ano, um fertilizante natural e tratado, que poderá ser devolvido aos produtores agrícolas, completando o ciclo de valorização dos efluentes.
“Este acordo é mais do que um contrato, é uma parceria estratégica para o setor agropecuário. Um compromisso de 25 anos representa uma geração inteira de trabalho, o que demonstra a confiança que depositamos no projeto da REGA ENERGY, na sua tecnologia e no impacto que queremos gerar no território”, afirmou Tiago Serralheiro, CEO do Pasto Alentejano.
Da esquerda para a direita: Tiago Serralheiro (COO Pasto), Tiago Faria (Deputy Head of Biomethane REGA), Augusto Serralheiro (CEO Pasto), Thomas Carrier (CEO REGA), José Serralheiro (CEO Pasto), Nuno Pinto (Head of Biomethane REGA) e Vasco Serralheiro
 
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.