O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a absolvição dos três arguidos do processo do incêndio de Pedrógão Grande. A justiça considera que a falta de limpeza da floresta e as decisões durante o incêndio não contribuíram para a morte das 65 pessoas.
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Quase três anos depois da decisão do coletivo de juízes de Leiria, o Tribunal da Relação de Coimbra confirma esta quarta-feira a absolvição de todos os três arguidos do processo dos incêndios de Pedrógão Grande.
O Ministério Público e familiares de algumas vítimas tinham decidido recorrer da decisão inicial, colocando em causa a absolvição do comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, do presidente da câmara de Castanheira de Pera, do então presidente da Câmara de Pedrógão Grande, tal como de outras duas pessoas ligadas à autarquia, e ainda de três dirigentes da Ascendi, a empresa concessionário da estrada 236-1, onde se registou o maior número de mortes.
Passaram quase 3 anos desde a decisão inicial
As juízas do Tribunal da Relação de Coimbra decidiram negar provimento aos recursos apresentados e confirmar a absolvição que tinha sido decidida inicialmente. Na altura, o Tribunal de Leiria entendeu que no julgamento não tinha ficado provado que as mortes em consequência do incêndio tenham resultado da conduta dos arguidos.
Em causa estavam as decisões tomadas durante o combate às chamas e também a falta de limpeza junto às estradas onde aconteceram os acidentes mais graves.
No processo havia ainda outros quatro arguidos: o presidente de Figueiró dos Vinhos e três dirigentes da empresa E Redes – mas em relação a estes, que também foram absolvidos, não foi apresentado qualquer recurso.