Pellets a mais ou floresta a menos?

 

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 –  13-08-2013

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Associa��o Nacional de Empresas Florestais, Agr�colas e do Ambiente

Pellets a mais ou floresta a menos?

A ind�stria de pellets de madeira � uma realidade que veio para ficar. Resultado de uma procura conscienciosa da Europa, em reduzir a sua depend�ncia de combust�veis f�sseis e atenuar as emissões de CO2. Milh�es de toneladas de pellets são produzidos anualmente, fazendo deste, um neg�cio emergente e uma oportunidade de revitalizar o sector florestal em todo o Mundo.

notícias recentes apontam o Reino Unido como um dos principais países consumidores de pellets, tendo sido respons�vel em 2012, pela importa��o de mais de 1,5 milhões de toneladas provenientes do Canad� e 1,7 milhões de toneladas de pellets dos Estados Unidos, correspondendo a um hist�rico aumento de 50% das exporta��es deste produto, no continente Norte Americano.

Portugal não � indiferente a este mercado, e nos �ltimos anos, a sua produ��o atingiu valores estrondosos que contribu�ram para o impulso da economia associada do sector florestal.

Os dados apontam para uma produ��o nacional anual de cerca de 700.000 toneladas de pellets, e o futuro indica um crescimento substancial, quer ao nível. do consumo interno (que actualmente se fixa nos 12%), mas sobretudo face ao com�rcio internacional associado a este produto. Lembramos que apenas recentemente se come�aram a instalar em Portugal sistemas de aquecimento que utilizam este produto, com grandes vantagens ao nível. da poupan�a de energia.

A ANEFA considera que esta pode ser a oportunidade que o sector florestal h� tanto esperava. Em primeiro lugar, porque constituiu no �ltimo ano a �salva��o� da cadeia de produ��o de rolaria de pinho, j� que 80% da produ��o de pellets provem da utiliza��o do pinheiro bravo, que, como � sabido, continua a ser fortemente abalado com a doen�a do Nem�todo da Madeira do Pinheiro associado � falta de escoamento das serra��es. Por outro lado, porque terá de obrigar a uma estratégia de sustentabilidade entre o sector industrial e a produ��o.

Ao contrário do que j� se aponta como solu��o para o mercado das pellets em Portugal, com a limita��o da instala��o de novas f�bricas de pellets, a ANEFA considera que a questáo fundamental está na disponibilidade de matéria-prima para o efeito. Assim, em vez de se tentar limitar a produ��o industrial, que nos parece um contrassenso, quando se sabe que a produ��o de pellets a nível. nacional se encontra praticamente vendida na sua totalidade até Maio de 2014 e que todos os indicadores internacionais apontam para um maior consumo ao nível. da Europa nos próximos anos, Portugal deve apostar prioritariamente em ac��es de arboriza��o e melhoria dos povoamentos existentes, incentivando ao investimento � florestação nacional, em particular do pinheiro bravo, constituindo no nosso entender, uma �ptima oportunidade para reavivar esta fileira. Mesmo no nosso país a utiliza��o deste tipo de produto ainda está no in�cio, e por isso limitar a sua produ��o, quando a mesma contribui para um aumento da racionabilidade da utiliza��o de solu��es energ�ticas constitui um retrocesso na pol�tica energ�tica que se pretende implementar com claras vantagens do ponto de vista ambiental.

Lisboa, 12 de Agosto de 2013


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