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– 12-08-2013 |
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Pescanova afirma que a f�brica de Mira "� vi�vel"
A Pescanova Portugal afirma que fecho da f�brica em Mira "não � um tema em cima da mesa" e que a unidade, investimento contestado pelo antigo presidente do grupo espanhol, continua a ser "vi�vel". A reac��o surge na sequ�ncia do editorial de Alfonso Paz-Andrade, antigo presidente-executivo da Pescanova, na sua revista ‘Industrias Pesqueras’, noticiado pelo jornal espanhol ‘El Pa�s’, em que o ainda accionista da empresa critica a gestáo da f�brica de Mira por parte de Manuel Fern�ndez de Sousa, antigo presidente do conselho de administração. Alfonso Paz-Andrade considera que o plano de neg�cios aplicado na unidade de Mira "teve um resultado inadequado", fruto de "pouca visão" e de um "p�ssimo controlo interno e externo".
Em declarações � agência Lusa, o gabinete de imprensa da Pescanova Portugal diz que o coment�rio de Alfonso Paz-Andrade "foi descontextualizado", escusando-se a, de momento, adiantar resposta ao mesmo. O vice-presidente da C�mara Municipal de Mira, Miguel Grego, considera que a imprensa espanhola "nunca gostou que o investimento tivesse vindo para Mira, pois defendiam-no para a Galiza", notando Também "um revanchismo claro" e "um acertar de contas" de Alfonso Paz-Andrade por "não ter conseguido o investimento" para a comunidade aut�noma espanhola. "Estas guerras internas da Pescanova não t�m reflexo dentro da f�brica de Mira", real�ou hoje � agência Lusa Miguel Grego que, apesar de "confiante", apresenta alguma preocupa��o face �s "notícias alarmistas, que podem criar uma pressão sobre os bancos e estes pressionarem a empresa". A unidade de aquicultura de Mira, que conta com cerca de 170 trabalhadores nos quadros, e um investimento inicial de cerca de 140 milhões de euros, teve problemas de funcionamento ao nível. do emiss�rio de recolha de �gua, que motivaram um processo de ‘layoff’ de metade dos trabalhadores em Janeiro deste ano, sendo que mais de 50 dos trabalhadores em ‘layoff’ foram reintegrados em Julho, segundo informa Miguel Grego. Os restantes trabalhadores seráo reintegrados a 30 de Setembro, como conta um dos visados. O trabalhador da unidade de Mira, que preferiu não se identificar, "não tem nenhuma queixa a apontar � empresa", garantindo que "está tudo a funcionar dentro da normalidade", segundo informações que recolheu de colegas da f�brica. O gabinete de imprensa afirma que a f�brica, inaugurada em Junho de 2009, "tem cumprido com todas as suas obriga��es e h� margem de crescimento no mercado para a mesma". "não � l�gico que o fecho da f�brica aconte�a", frisa a mesma fonte. O futuro da Pescanova dever� come�ar a ser conhecido e desenhado a partir do final deste m�s altura em que a Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV) espanhola espera ter conclu�da a investiga��o sobre a empresa galega. No final de Julho a presidente da CNMV, Elvira Rodr�guez, reiterou que o regulador quer trabalhar em conjunto com os gestores da Pescanova para que a empresa consiga sobreviver, o que pode obrigar a redimensionar o neg�cio ou a outras altera��es. Como exemplo das mudan�as, algumas das quais podem vir a ser aprovadas na reuni�o da assembleia geral marcada para 12 de Setembro, está a altera��o � forma como as decis�es passam a ser tomadas. At� aqui, referiu, "havia s� um senhor que tomava decis�es" – numa refer�ncia ao presidente demitido, Fern�ndez de Sousa, que será ouvido em Outubro como arguido suspeito de falsifica��o de contas e outros crimes relacionados com a sua gestáo da Pescanova, empresa que fundou. Com a negocia��o em bolsa suspensa desde Fevereiro, altura em que apresentou o pr�-concurso de credores – e quando ainda não são definitivas as contas da empresa referentes a 2012 – a Pescanova continua sem saber em que condi��es sobreviver�. Em cima da mesa está um amplo e necess�rio processo de recapitaliza��o e eventual desinvestimento em alguns activos, para refinanciar uma d�vida que se estima ultrapassa os 3.280 milhões de euros, repartida entre uma centena de entidades financeiras. A banca espanhola concentra a maior parte da d�vida, com o Sabadell � cabe�a (222 milhões de euros), Popular (165,5 milhões), Novagalicia Banco (161,58 milhões), Caixabank (157,44 milhões) e Bankia (126 milhões). Em concreto, segundo assinalam as fontes, a d�vida inclui 1.900 milhões de euros correspondentes � sua matriz e o resto a filiais, tanto espanholas (cerca de 400 milhões de euros) como estrangeiras (cerca de 700 milhões). V�rios bancos portugueses estáo entre os credores da Pescanova, sendo o BPI o único que divulgou publicamente que teve de constituir provis�es por causa de cr�ditos concedidos � empresa no valor de 35 milhões de euros. J� a Caixa Geral de Dep�sitos e o BES confirmaram que as contas foram afectadas por este caso, mas não adiantaram montantes. "Fomos apanhados na rede da Pescanova", disse apenas o presidente do BES, Ricardo Salgado, na apresentação de resultados do primeiro semestre. Fonte: Lusa
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