Políticas de pacotilha ou de Estado: uma visão florestal – Paulo Pimenta de Castro

A atividade florestal assenta em investimentos de retorno a longo prazo, investimentos em ativos biológicos que se sustentam no Território, que dele fazem uso para proporcionar valor económico, bem estar social, com destaque para as populações rurais, suportado por princípios que assegurem a sustentabilidade dos recursos naturais.

Neste contexto, a atividade política, no caso concreto das florestas e do setor florestal, pode ser definida em duas vertentes:

– A política de pacotilha, onde os responsáveis políticos se preocupam com questões meramente financeiras, de curto prazo e privilegiam a indústria “do palito”, aquela que gera receita rápida no plano industrial, mas que pouco acrescenta à Economia Florestal. Numa “navegação à vista” apostam em estratégias “simplex” de plantar árvores, como se de votos se tratassem, sem cuidar se as famílias em cujos terrenos as primeiras são plantadas terão rendimentos que as permitam administrar comercial e tecnicamente esse arvoredo ao longo do seu ciclo de vida útil. Ao não cuidar desse rendimento fomentam a catástrofe.

– A política de Estado, que tem por base a valorização económica, mas também social e ambiental do Território, assente no estímulo a uma indústria ambiental, mas também socialmente responsável, cuja atividade é suportada em parcerias duradoiras com quem assume realmente o risco do negócio, os proprietários florestais, as tais famílias acima mencionadas.

Qual das duas vertentes seguem os atuais responsáveis políticos no Ministério que tutela a atividade florestal?

Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Florestal
Presidente da Direção da Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal

SPS – Paulo Pimenta de Castro


Publicado

em

por

Etiquetas: