O Pólo de Inovação de Nelas nascerá nos próximos dois anos no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão. Continuando o trabalho que já ali é feito, investigação vai focar-se nas alterações climáticas.
O governo apresentou em Setembro de 2020 a Rede de Inovação, composta por pólos de inovação como o de Nelas, precisamente no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão. São 24 os pólos a criar, no sector do vinho — cinco: Douro, Nelas, Anadia (espumante), Dois Portos e Pegões — mas também noutras fileiras. O de Nelas é o primeiro a ser apresentado formalmente. Foi lançado oficialmente na última quinta-feira, à margem da 31.ª Feira do Vinho do Dão (cujo tema central foi o património genético da região), e será dinamizado numa parceria entre a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), o Instituto Politécnico de Viseu, a Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão) e a Câmara Municipal de Nelas.
“O objectivo é o desenvolvimento das cadeias de valor e a valorização dos recursos endógenos. [No caso do vinho, esses recursos] são normalmente castas que, ao longo dos anos, já conseguiram criar alguma resiliência a condições adversas”, começou por contextualizar, no Multiusos de Nelas, a directora adjunta de Agricultura e Pescas do Centro, Vanda Baptista.
“O CEVD foi importantíssimo na afirmação do Dão. Temos oportunidade agora, de alguma forma, de recuperar a sua matriz original. Temos já aprovada a candidatura e iniciámos os procedimentos de contratação das obras de reabilitação das infra-estruturas e da substituição de equipamentos. Agora, é importante desenvolver projectos de investigação que respondam a problemas com que já estamos a ser confrontados”, concretizou o director regional de Agricultura e Pescas do Centro, Fernando Martins, na apresentação da nova “entidade privada sem fins lucrativos”.
Fernando Martins referia-se em concreto à necessidade de estudar o impacto actual e futuro (potencial) das alterações climáticas, que já se sente no Dão e, de resto, noutras […]