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Porto de Mós. “Se aqui passa o fogo, é bom que as pessoas fujam”

Em Porto de Mós, uma freguesia estreia o programa nacional para organizar a floresta. Pela mão de gente da terra, Alqueidão da Serra quer voltar a ter o território produtivo e com mais vida.

Do Cabeço do Zambujeiro, é fácil perceber a dimensão do trabalho que a Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, tem pela frente. Ali, num baldio da Junta, o terreno está limpo e começam a medrar uns pinheiros-bravos plantados, há uns anos, por crianças. Mas à volta, nas encostas fronteiras e além delas, o que há são matos bravios, pinhal e eucaliptal desordenado, carvalhos e oliveiras ao abandono, campos invadidos por silvas e povoações entaladas entre as árvores.

“Se aqui passa o fogo, vai tudo, é bom que as pessoas fujam”. Em Covas Altas, no largo do Tear da Mariana – enquanto a própria Mariana espreita o movimento, da soleira da porta -, Miguel Santos, nascido e criado na freguesia, aponta para a proximidade de árvores e matos e imagina a chuva de faúlhas que inundaria telhados e frestas de janelas, se um incêndio lá chegar. […]


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