Portugal continental registou no final de agosto face ao mês anterior um aumento da área em seca meteorológica, estendendo-se às regiões do interior norte e centro, mantendo-se o sotavento algarvio em seca severa, segundo o IPMA.
De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível hoje na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de agosto verificou-se igualmente um aumento de intensidade na classe de seca moderada, que abrange agora quase toda a região sul e alguns locais dos distritos de Setúbal, Lisboa e Bragança.
O sotavento algarvio continua na classe de seca severa.
No final do mês de agosto, 43,3% de Portugal continental estava em seca fraca, 32,5% em seca moderada, 22% normal e 2,2% em seca severa.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.
Além do índice de seca, o Boletim Climatológico indica que o mês de agosto, em Portugal continental, classificou-se como quente e seco.
Segundo os dados do relatório, os valores médios da temperatura média do ar (22,61 graus Celsius) e da máxima (29,99 graus) foram superiores ao normal.
O valor médio de temperatura mínima do ar (15,23 graus), foi inferior ao valor normal, de acordo com os dados.
O relatório indica que entre 10 e 17 de agosto verificaram-se valores sempre acima do valor normal, em particular da temperatura máxima do ar, que nos dias 13 a 15 apresentou desvios em relação ao valor médio mensal superiores a 5 graus.
Durante aquele período (13 a 15) ocorreu uma onda de calor com duração entre seis e nove dias nas regiões do interior norte e centro, Vale do Tejo e em alguns locais do Alentejo.
O menor valor da temperatura mínima foi registado no dia 20 de agosto em Lamas de Mouro, no distrito de Viana do Castelo, (5,6 graus) e o maior valor em Reguengos (Évora) no dia 14 com 44,3 graus.
Segundo o relatório do IPMA, o valor médio da quantidade de precipitação em agosto (3,8 milímetros) foi inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a 28% e sendo o 5.º valor mais baixo desde 2000 (mais baixo em 2010 com 1,2 milímetros).