Portugal importa 77 mil toneladas de leguminosas. Mas “poderia ser autossuficiente”

No Dia Internacional das Leguminosas, a associação Zero pede estratégia nacional para aumentar produção. Ordem dos Nutricionistas pede aos portugueses que comam mais leguminosas.

A associação ambientalista ZERO pediu, esta quinta-feira, uma estratégia nacional para aumentar o consumo de leguminosas.

Citando dados do Instituto Nacional de estatística (INE), a organização ambientalista indica que “Portugal aumentou o consumo de leguminosas secas na última década para valores de consumo per capita próximos dos registados em meados dos anos 90, o que é muito positivo”.

No entanto, segundo a ZERO, “o grau de autoaprovisionamento (produção nacional face ao consumo) das principais leguminosas secas é estimado pelo INE em apenas 18% para o ano de 2020.”

Apesar de reconhecer que houve, nos últimos 10 anos, “um aumento da área cultivada em mais de 40%”, a ZERO lembra, e critica, que “as terras mais produtivas são utilizadas sobretudo na alimentação animal e em culturas permanentes industriais”.

“As terras mais capazes de produzir os principais alimentos que consumimos sofreram um decréscimo de 11,6% num período de 10 anos, com cerca de dois terços das mesmas a serem encaminhadas para culturas forrageiras e prados temporários que abastecem o incremento dos efetivos pecuários, principalmente bovinos e suínos”, denunciam os ambientalistas, a partir dos números do INE.

Mesmo assim, “as necessidades da pecuária continuam a não ser satisfeitas, havendo que recorrer a importações de mais de um milhão de toneladas de soja […]

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