A seca que tem afetado o país está também a preocupar os investigadores das universidades portuguesas. Se antes a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Évora e a Universidade do Algarve se dedicavam sobretudo ao estudo da área marinha, agora debruçam-se também sobre a água doce.
Com as alterações climáticas e devido à sua posição geográfica, os especialistas não têm dúvidas de que “Portugal será um dos países mais afetados pela escassez hídrica” e não escondem a preocupação.
“Não temos só trabalho no mar, temos também muito trabalho em água doce, com as espécies invasoras em água doce como os bivalves, os crustáceos e depois temos também muito trabalho focado naquilo que é a gestão e conservação de espécies piscícolas migradoras e sobretudo aquelas que são migradoras entre o mar e o rio, muito importantes do ponto de vista socioeconómico e cultural e que estão muito associadas à pesca. Estudamos também de que forma é que as diferentes pressões antropogénicas, no contexto atual de alterações climáticas, afetam estas espécies como por exemplo a construção das barragens e a gestão da água”, explicou Carlos Alexandre, investigador da Universidade de Évora e […]