Ficou para a História como a pior seca de sempre em Portugal: em janeiro desse ano 75% do país já estava em seca severa/extrema, mas as barragens a quota era de 64%, mais do que agora.
O cenário de seca é bem conhecido em Portugal. A mais severa foi em 2005, mostram os dados do INE, e a falta de água no país voltou a repetir-se com gravidade em 2012 e 2017. Agora, em janeiro de 2022, o nível de armazenamento nas albufeiras do Continente chega já a ser inferior ao registado nas secas das duas últimas décadas, nomeadamente em 4 pontos percentuais face à seca de 2005, revelam as estatísticas. O ano ainda agora começou, falta saber se a comparação se manterá na mesma trajetória.
“No final de janeiro, observou-se um agravamento significativo da situação de seca meteorológica, que já abrange a totalidade do território continental. As classes mais intensas (severa e extrema) ocupavam 45% do território (9% no final de dezembro), particularmente nos distritos de Lisboa, Setúbal, Beja e Faro, mas também em extensas zonas dos distritos de Bragança, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Évora e Portalegre”, revela o mais recente boletim do INE.
Em termos homólogos, em 2005 75% do país já se encontrava por esta altura do ano em seca severa e extrema. Nas barragens, o nível de armazenamento era, no entanto de 64%, superior ao que se regista agora, em 2022. […]