Portugueses querem produtos saudáveis e sustentáveis mas esbarram no preço, indisponibilidade nos pontos de venda e falta de conhecimento sobre as marcas

A consultora portuguesa NBI – Natural Business Intelligence e a multinacional GlobeScan apresentaram esta terça-feira em Lisboa os resultados do inquérito ‘Healthy & Sustainable Living’, que reúne a opinião de consumidores em 30 países nos diferentes continentes, incluindo pela primeira vez Portugal neste inquérito global.

Foram inquiridos 1.000 cidadãos portugueses para este survey inédito até agora no nosso país, contando o H&SL nesta sua edição de 2021 com o patrocínio da Abreu Advogados, do Grupo AGEAS e da EDP, e o apoio da Associação Portuguesa de Management e da Sair da Casca.

Entre as várias conclusões que resultaram deste inquérito, intergeracionalmente inclusivo (Geração Z, Millennials, Geração X e Baby Boomers), a maioria dos Portugueses considera que produtos com impacto negativo em termos ambientais devem ser mais caros, embora essa mesma maioria não esteja disposta a pagar mais por aqueles produtos ou marcas que não causem danos e pretenda, inclusive, uma maior durabilidade desses mesmos produtos.

O preço (35% dos respondentes afirmando não poderem pagar), a falta de disponibilidade/acessibilidade dos produtos (28%) e o desconhecimento ou falta de familiaridade das marcas, foram as principais barreiras identificadas à aquisição de produtos e alimentos saudáveis e sustentáveis, sendo que 10% dos Portugueses inquiridos afirmaram mesmo “não saber o que é comida saudável e sustentável”.

De acordo com Luis Rochartre Álvares, Partner da NBI, uma Consultora de Gestão e Ecologia especializada em criar opções para uma Economia de Base Natural através de pontes entre o conhecimento académico e gestão das organizações: “O Healthy & Sustainable Living, que passará a ter periodicidade anual, pretende ser o principal barómetro para que as empresas, marcas e organizações possam acompanhar a razão de ser e tendências dos comportamentos dos Portugueses no que toca às áreas do Ambiente e da Sustentabilidade. A comparação entre Portugal e os restantes países incluídos no relatório contribuirá também para que essa leitura se torne possível, de uma forma abrangente e global”.

Segundo a Responsável de Sustentabilidade do Grupo AGEAS, Flávia Nobre: “Este estudo cobre uma série de temas que fazem parte das nossas preocupações de sustentabilidade, nomeadamente o comportamento das pessoas perante a saúde e estilos de vida saudáveis e os temas de impacto ambiental. Somos provavelmente o setor que, pela sua natureza de proteção das pessoas e atuação numa lógica de prevenção, tem uma dupla visão de impacto no que diz respeito à sustentabilidade. Não só o nosso negócio é fortemente impactado pelas escolhas individuais dos consumidores, como também nós temos um impacto considerável na vida das pessoas. Por esta razão é importante para nós saber o que pensam, como agem e como se sentem envolvidos nestes temas.”

Por seu lado, nas palavras de Carlos Moreira, responsável pela Direção de Estratégia e Aceleração de Negócio da EDP Comercial: “A EDP tem uma estratégia clara de descarbonização e sustentabilidade, transversal a todas as suas atividades, nomeadamente à área comercial. Este é um caminho que queremos fazer com os nossos clientes, disponibilizando soluções que permitam uma transição fácil e eficaz para um modo de vida mais sustentável. O estudo ‘Healthy & Sustainable Living’, que nos orgulhamos de apoiar, dá-nos dados interessantes para compreendermos as barreiras e estímulos que existem à adoção de hábitos que vão proteger o planeta para as próximas gerações.”


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