Quebra acentuada da produção é atenuada pela boa qualidade do fruto, que é mais valorizado. Produtores apontam a seca como causa principal dos prejuízos.
Com uma quebra da produção de castanha estimada em 50% ou mais nas várias regiões produtoras nacionais, os preços na origem dispararam para valores recorde face aos últimos anos e, na zona da Terra Fria, que inclui os concelhos de Bragança e de Vinhais, já variam entre os três e os quatro euros o quilo, que, no ano passado, registou preços entre 1,5 e 2,5 euros dependendo do calibre. “A baixa da produção é assumida, mas a qualidade é boa, e o preço é mais simpático do que nos anos anteriores, porque há pouca”, revela Abel Pereira, presidente da Arborea – Associação Agroflorestal da Terra Fria, com sede em Vinhais, um dos concelhos considerado como um dos principais produtores do país.
O preço elevado não atenua os prejuízos decorrentes da quebra na colheita. “Só compensa nos casos em que as perdas sejam entre 30% e 35%, mais do que isso é um ano mau. Não conseguimos um preço superior porque o mercado não consegue aguentar face à crise económica. Há um teto máximo e mais do que isso os preços não conseguem subir”, explica Abel Pereira. […]