O preço da carne deverá aumentar entre 15% e 20% até fevereiro. Isto a somar aos quase 18% que já subiu desde o início do ano. O alerta é da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes, que prevê um decréscimo no consumo.
Sobe o preço dos cereais, sobe o preço das rações. É uma espécie de bola de neve até chegar ao consumidor. Desde o início do ano, a carne foi o grupo alimentar em que o preços mais subiram. Se nada for feito, a Associação de Industriais de Carne aponta para nova subida dos preços no limite até fevereiro do próximo ano.
Confirmando-se as contas, vejamos um exemplo. Um frango inteiro, o que mais aumentou desde o início da guerra, custava em janeiro 2,16€. Depois de sucessivos aumentos, custa agora 2,94€, mais 36%. Caso o pior cenário se concretize, o mesmo frango passará a custar 3,53€, um aumento superior a 60% no espaço de um ano.
Ao custo da energia e à instabilidade do mercado soma-se a previsível diminuição do número de animais para consumo.
Vários alimentos têm sofrido subidas muito acentuadas devido à guerra na Ucrânia, dado que tanto este país como a Rússia são importantes exportadores de cereais, como o trigo e o milho, e ainda de fertilizantes.