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Preço das importações alemãs sobe 31,2% em março, um máximo desde setembro de 1974

Os preços das importações alemãs aumentaram 31,2% em março, a maior variação desde setembro de 1974, devido à evolução dos preços da energia e refletindo também os efeitos iniciais da guerra na Ucrânia, foi hoje anunciado.

A última vez que houve uma mudança anual mais elevada foi em setembro de 1974, durante a primeira crise petrolífera, quando o aumento foi de 32,6% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou hoje a agência federal de estatística (Destatis).

A taxa de variação homóloga tinha sido de 26,3% em fevereiro e de 26,9% em janeiro.

Em comparação com fevereiro, os preços das importações aumentaram 5,7%.

As importações de energia aumentaram 160,5% em março face ao mesmo mês de 2021 e 19,1% face a fevereiro.

O elevado aumento anual continua a ser explicado principalmente pela subida acentuada do preço do gás natural, que em março aumentou 304,3% em relação a março de 2021 e 11% em relação a fevereiro.

Nunca antes as importações de gás natural se tinham tornado tão caras num único ano, nem mesmo durante as duas crises petrolíferas de 1973/1974 e 1979/1980.

Os derivados do petróleo também ficaram mais caros em termos homólogos – em 110,3% – e o petróleo bruto – em 81,3%.

Os preços foram também significativamente mais elevados do que em fevereiro, em 30,5% para os derivados do petróleo e em 16,8% para o petróleo bruto.

A eletricidade importada foi 440,8% mais cara do que em março do ano passado e 100,7% mais cara do que em fevereiro.

A hulha importada foi 307% mais elevada em março face ao mesmo mês de 2021 e 44,4 % mais elevada do que no mês anterior.

Excluindo a energia, os preços de importação em março eram 16,1% mais altos do que há um ano e 2,6% mais altos do que em fevereiro.

Excluindo o petróleo bruto e os produtos petrolíferos, o índice de preços de importação era 26,6% mais elevado do que há um ano e 4,1% mais elevado do que em fevereiro.

Os bens intermédios importados aumentaram 26,3% em março e 4,1% em relação ao mês anterior, os bens de equipamento 6,7% e 0,8%, e os bens de consumo 10,5% e 2,1%.

Os bens de consumo duradouros eram 6,6% mais caros em termos homólogos e 1% mais caros que em fevereiro, e os produtos agrícolas eram 23,7% e 4,3% mais caros.

Entretanto, o índice de preços de exportação em março aumentou 15,9% em relação ao ano passado e 4,4% em relação a fevereiro.

A última vez que houve uma mudança homóloga maior foi em novembro de 1974, durante o primeiro choque petrolífero, quando foi 16,8% mais alto do que um ano antes.

Em fevereiro a taxa de variação homóloga foi de 12,4% e em janeiro foi de 11,9%.

A maior influência na variação homóloga dos preços de exportação em março foi a evolução dos preços dos bens intermédios, que representam cerca de um terço do total das exportações, mais 19,9% numa base anual e 3% a partir de fevereiro.


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