Paulo Martins Fernandes

Preparem a carteira, a comida vai ficar (ainda) mais cara – Paulo Martins Fernandes

Os preços dos alimentos aumentaram pelo oitavo mês consecutivo, atingindo, em Janeiro de 2021, o nível mais alto desde Julho de 2014.

Ao longo dos últimos anos, motivado pelo crescente poderio económico da China e por um elevado consumo do mercado sínico, temos vindo a acompanhar um aumento exponencial nos preços de várias matérias-primas alimentares, com especial destaque para a carne de porco, que é a principal fonte de proteína animal na cozinha chinesa, sendo o país do Sol Nascente consumidor de mais de dois terços da carne de porco existente em todo o mundo. Durante o ano de 2020, o preço desta carne teve um aumento de 97%, enquanto a generalidade dos produtos alimentares viram o seu valor aumentar em 17,4%. Em Janeiro de 2021, os preços dos alimentos aumentaram pelo oitavo mês consecutivo, atingindo o nível mais alto desde Julho de 2014. Sendo o mercado composto por mecanismos de acção/reacção, será de esperar que os preços continuem a subir nas prateleiras dos super e hipermercados.

Num momento em que a economia mundial se encontra em contraciclo, fruto de uma pandemia sem precedentes nos tempos modernos, e num momento em que muitas famílias viram os seus rendimentos diminuir de forma drástica, este incremento de preço dos bens essenciais seria, por si só, uma má notícia. No entanto, a realidade é ainda pior.

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