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– 23-05-2013 |
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Presidente, administrador e dois accionistas da Pescanova constitu�dos arguidos
O presidente, um administrador e dois accionistas da empresa galega Pescanova foram constitu�dos arguidos por um delito de uso de informação relevante e seráo ouvidos no in�cio de Junho num tribunal madrileno. A decisão foi tomada pelo juiz da Audi�ncia Nacional Pablo Ruz e abrange o presidente do grupo, Manuel Fern�ndez de Sousa-Faro, o administrador Alfonso Paz-Andrade e os accionistas Jos� Alberto Barreiras e Jos� Antonio P�rez-Nievas. No auto, o juiz declara-se competente para investigar a alegada falsifica��o das contas apresentadas pela empresa, admitindo assim tr�s das quatro queixas apresentadas por este assunto. A decisão abrange Também a Pescanova, como pessoa jur�dica, por falsifica��o de informação econ�mica e financeira. Apesar da constitui��o de arguidos, o auto não submete o grupo pesqueiro a qualquer interven��o judicial visto a empresa estar j� sob concurso volunt�rio de credores. Hoje, em entrevista � Cadena Ser, Fern�ndez de Sousa negou que haja "um buraco de 3.000 milhões (de euros) na Pescanova" e que o valor da empresa supera "em muito o seu passivo". Actualmente sem funções executivas na empresa, por ordem judicial, Fern�ndez de Sousa disse que tudo o que tem feito até agora "tem sido em benef�cio da empresa", o que ficar� demonstrado em tribunal, assegura. "não h� um buraco de 3.000 milhões, o que cri�mos nos �ltimos anos foi valor para a empresa", afirmou, explicando que a marca e as explora��es aqu�colas não estáo contabilizadas. "Hoje, o valor de Pescanova excede em muito o seu passivo", afirmou. Fern�ndez de Sousa explicou que o atraso na apresentação dos resultados do ano ocorreu porque o grupo estava � espera de realizar um processo de desinvestimento no Chile ou de apresentar o pr�-concurso de credores. Explicou que a empresa tinha problemas de tesouraria e que esse foi um dos principais motivos pelo que vendeu parte das suas ac��es do grupo. "Comuniquei a venda das ac��es. Continuo a ser o maior accionista e contribu� com 10 milhões para apoiar a empresa em problemas de tesouraria", afirmou, rejeitando qualquer uso de informações privilegiadas para a venda das ac��es. "Se tivesse querido fazer uso de informação privilegiada teria vendido tudo e ter-me-ia ido [embora]", afirmou. Recorde-se que a Pescanova apresentou a 05 de Abril o concurso de credores, para evitar que um credor solicite a insolv�ncia da empresa. Uma decisão tomada cerca de um m�s depois da empresa ter solicitado o pr�-concurso de credores, com uma d�vida de cerca de 2.700 milhões de euros, ou 1.200 milhões de euros acima do que figura no passivo auditado (1.522 milhões de euros no final do terceiro trimestre de 2012), segundo fontes da empresa. Para conseguir liquidez, a Pescanova realizou em Março de 2010 uma emissão de obriga��es convert�veis em ac��es, no valor de 110 milhões de euros, com vencimento a cinco anos e, em Abril de 2011, concluiu entre os investidores qualificados e institucionais uma outra emissão Também de obriga��es convert�veis, no montante de 180 milhões de euros, que vence a 17 de Abril de 2017. Um dos dez maiores grupos da ind�stria pesqueira mundial, o grupo Pescanova tem uma forte presença em Portugal, onde em Junho de 2009, em Mira, inaugurou a Acuinova, a maior unidade do mundo para a criação de pregado em aquicultura. Nos resultados referentes ao terceiro trimestre de 2012, �ltimos divulgados pela empresa, a Pescanova registou lucros l�quidos de 24,9 milhões de euros, mais 2,2% que no mesmo período do ano passado. A factura��o cresceu 8,9%, sendo que o crescimento fora do mercado espanhol foi de 14% e a empresa acumulava um passivo de 1.522 milhões de euros no final de Setembro, dos quais 459 milhões de euros correspondem a credores comerciais. Fonte: Lusa
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