Arroz - China

Presidente chinês pede que fornecimento alimentar seja “principal prioridade”

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje que o fornecimento alimentar, particularmente de grãos, seja a “principal prioridade” das autoridades, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

Xi assegurou que a população chinesa, composta por mais de 1,4 mil milhões de pessoas, está “bem alimentada”, mas apelou para que a questão do fornecimento alimentar “não seja descurada”, durante uma reunião com membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, uma espécie de senado, sem poderes legislativos, cuja sessão anual está a decorrer em Pequim.

“A oferta de alimentos não pode ser considerada uma questão insignificante”, explicou Xi, que alertou que o país asiático não pode “depender apenas do mercado internacional”.

A China vai aderir aos princípios de “autossuficiência baseada na produção doméstica” e na “moderação das importações de grãos”, acrescentou, citado pela Xinhua.

O líder chinês afirmou que a autossuficiência vai ser apoiada pelo desenvolvimento tecnológico, que permitirá à China “obter calorias e proteínas de plantas, animais e microrganismos”.

O país asiático alimenta quase 18% da população mundial com apenas 8,5% das terras aráveis do mundo. Em comparação, o Brasil, por exemplo, tem quase 7% das terras aráveis para 2,7% da população mundial.

A China deve “deter firmemente o uso não agrícola de áreas cultivadas”, pelo qual “os funcionários locais serão responsáveis”, enfatizou Xi.

“O mundo entrou numa nova era de turbulência e mudanças”, alertou.

A China depende parcialmente das importações para atender à procura de alimentos: as importações de soja, de países como Estados Unidos, Brasil ou Argentina, ascenderam no ano passado a 96,52 milhões de toneladas.

No ano passado, o país asiático promulgou uma ampla lei destinada a reduzir o desperdício de alimentos.

Ao comer fora, os anfitriões chineses tradicionalmente pedem comida em excesso, como forma de demonstrar hospitalidade aos convidados, mas os restaurantes podem agora cobrar uma taxa extra aos clientes que desperdiçam grande quantidade de comida.

Os estabelecimentos que encorajam pedidos excessivos recebem, primeiro, um aviso e, de seguida, uma multa de até 10.000 yuans (1.320 euros) por reincidência.

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