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Presidente da CONFAGRI apela à defesa da Agricultura e do Mundo Rural

[Fonte: Confagri] Manuel dos Santos Gomes, Presidente da CONFAGRI e da EABL – Estação de Apoio à Bovinicultura Leiteira, esteve presente na cerimónia de inauguração da Agrovouga 19 que decorreu na passada Quarta-feira, dia 20 de Novembro.

Esta feira agrícola, que após 6 anos de interregno a Câmara Municipal de Aveiro decidiu recuperar, procura colocar a região em lugar de destaque e promover as suas potencialidades produtivas decorre até ao próximo Domingo, 24 de Novembro, no Parque de Exposições de Aveiro.

A sessão de inauguração coincidiu com o encerramento da Conferência que abriu a feira “Eco Sustentabilidade no Sector Leiteiro – Uma perspectiva de custo eficiência”, com a participação da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves e moderação de Elisabete Guicho da EABL.

O Presidente da CONFAGRI, ali presente na qualidade de Presidente da EABL, felicitou o Presidente de Câmara por “retomar a histórica AgroVouga” destacando o “relacionamento histórico que a AgroVouga tem com a agricultura e com as populações desta região de incomensurável valor social, afetivo e económico”. Destacou, ainda, que a “AgroVouga será uma importante montra daquilo que de mais moderno se faz no setor agrícola, apostando na qualidade, na inovação e na diversidade, fazendo a ligação entre a história, a tradição e a gastronomia regional, em que a raça Marinhoa tem lugar de destaque.

Defesa da Agricultura enquanto fornecedor de alimentos saudáveis

Manuel dos Santos Gomes relembrou a necessidade de esclarecer a sociedade civil sobre o papel imprescindível da Agricultura enquanto fornecedor de alimentos saudáveis, garantindo a diversidade de escolha ao consumidor.

“Importa desmistificar os sound bytes mediáticos divulgados por grupos de pessoas pouco esclarecidas sobre o setor agrícola e o pecuário, em particular. Não negamos os potenciais impactos ambientais da Agricultura e da Pecuária, mas estamos empenhados, há longos anos, na redução dos seus efeitos nefastos, através da melhoria da gestão dos efluentes e na introdução de novas tecnologias que minimizem as emissões de gazes com efeito de estufa. Não existe outro sector mais empenhado na defesa do ambiente do que a Agricultura.”

Também importa destacar, adiantou, “os efeitos positivos da agricultura no Ambiente, desde logo pela ocupação e coesão territorial, promoção da biodiversidade e prevenção de incêndios. Também temos de ter em conta o efeito positivo das pastagens e dos prados permanentes, assim como das florestas, enquanto sumidouros de carbono”, conclui.

CONFAGRI congratula a nova Ministra da Agricultura, apresenta as suas preocupações e perspectivas e disponibiliza-se para cooperar

Manuel dos Santos Gomes felicitou a nova Ministra da Agricultura e mostrou a disponibilidade das Organizações Agrícolas agrupadas na CONFAGRI para manter um “diálogo permanente e construtivo, na procura das melhores soluções para o desenvolvimento da Agricultura e para a sustentabilidade do Mundo Rural”.

O presidente da CONFAGRI, no seu discurso, proferiu na ocasião alguns aspectos, nomeadamente:

“Gostaria de deixar aqui expressas algumas das nossas principais preocupações:

– Em relação à futura PAC e à transição entre os dois Quadros Comunitários de Apoio, importa reverter algumas das propostas da Comissão e evitar que Portugal saia penalizado destas negociações.

– Ao nível das Ajudas Diretas importa aumentar a nossa convergência com a União Europeia. No conjunto dos 28 Estados membros, apenas 2 têm um valor de ajudas por ha inferior ao nosso!

– Ao nível do segundo pilar da PAC, ou seja dos investimentos e das medidas Agroambientais ,  Portugal deve garantir um pacote financeiro,  no mínimo idêntico ao atual,  que  dê resposta  às enormes necessidades de investimento do setor agrícola , florestal e agro- alimentar,  bem como os  apoios  necessários para o setor  fazer face às Alterações Climáticas.

– Uma preocupação mais imediata diz respeito ao Pagamento das Medidas Agro Ambientais em 2020. O anterior titular do Ministério da Agricultura afirmou que iria existir dotação para prolongar estas medidas. Esperamos, pois, que tal se concretize e que esta questão seja rapidamente clarificada.

– Importa iniciar um esforço sério de simplificação ao nível dos projetos de investimento e dos licenciamentos, pois a actual burocracia constitui um dos maiores constrangimentos para quem investe no setor, o que se reflete na taxa de execução do PDR 2020, que é apenas 45% no eixo da competitividade e organização da produção.”

– Finalmente, na minha condição específica de Presidente da EABL, gostaria de sublinhar a necessidade de na futura PAC pós 2020 continuar a assegurar o financiamento público das ações de melhoramento animal. Por outro lado, convinha discriminar positivamente os Agricultores que aderem a estas ações, desde logo o contraste leiteiro, de forma a promover a maior adesão dos operadores e, por essa via, potenciar a utilização de recursos. “


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