As previsões agrícolas, em 31 de outubro, apontam para aumentos significativos de produção na generalidade das culturas frutícolas e nos olivais: nas pomóideas, o ciclo produtivo decorreu favoravelmente, prevendo-se produções de 341 mil toneladas na maçã (a segunda mais elevada desde 1986) e de 183 mil toneladas na pera (+40% face à campanha passada); no kiwi, apesar do calibre dos frutos ser menor que o habitual, estima-se que, pela primeira vez, a produção alcance as 50 mil toneladas; na amêndoa, torna-se evidente o impacto que o aumento da área (sobretudo com amendoais intensivos) tem na produção, que deverá fixar-se nas 38 mil toneladas (a produção mais elevada dos últimos 24 anos); na produção de vinho, apesar de alguma heterogeneidade regional, espera-se um aumento de 5% face à vindima de 2020; por último, nos olivais para azeite, e após um ano de contrassafra, as previsões apontam para uma produtividade, inédita, superior a 3 toneladas por hectare. De referir que, em sentido contrário, sobretudo devido ao surgimento descontrolado de septoriose em muitos soutos não tratados, a produção de castanha deverá diminuir 10%, num ano em que a carga de ouriços faria prever uma campanha bastante produtiva.
Quanto às culturas anuais, destaque para o tomate para a indústria que, fruto de um rendimento unitário historicamente elevado, volta a ultrapassar as 1,5 milhões de toneladas. A produção de arroz também deverá aumentar (+30%), em resultado da conjugação do aumento da área e da produtividade. No milho, prevê-se que a produção global (de regadio e de sequeiro) alcance as 716 mil toneladas (+5%, face a 2020).