As previsões agrícolas, em 31 de julho, apontam para um aumento da produtividade dos pomares. Nas pomóideas, destaque para os aumentos na maçã (+15%) e na pera (+40%), recuperando para níveis de produtividade acima da média dos últimos cinco anos. De referir que, atendendo às temperaturas amenas e à baixa radiação nas principais regiões produtoras, os frutos estão a apresentar um teor de açúcar inferior ao normal. Nas prunóideas prevê-se para o pêssego um aumento de 20% no rendimento unitário, face à campanha anterior. Na amêndoa, e beneficiando da entrada em plena produção dos novos pomares, a produtividade também deverá subir 20%, para mais de 0,7 toneladas por hectare, nível mais elevado das últimas duas décadas. Quanto às vinhas, estima-se uma produtividade na uva para vinho semelhante à alcançada na vindima anterior e um aumento de 5% na uva de mesa.
Nas culturas de primavera, prevê-se a manutenção da área de milho para grão, apesar do aumento do preço desta commodity nos mercados internacionais. A colheita do tomate para a indústria começou na última semana de julho e as primeiras indicações apontam para produtividades historicamente elevadas (acima das 98 toneladas por hectare). No arroz, continuam as dificuldades no controlo das infestantes, com impacto no rendimento unitário previsivelmente alcançado (5,4 toneladas por hectare, -4% face à média do último quinquénio). A batata de regadio deverá reduzir a produtividade em 5%, face à campanha anterior.
Quanto aos cereais de inverno, com as colheitas bastante avançadas, os cenários são de diminuição generalizada na produção, essencialmente devido aos reduzidos teores de humidade do solo na fase de enchimento do grão. Esperam se reduções de produção de 15% no trigo duro, triticale e aveia, de 10% no trigo mole e cevada e de 5% no centeio.