odos nós, especialmente os jovens. Agora é o momento de se prepararem, porque no futuro vão colher os benefícios. Mas não se pode apenas esperar pelos benefícios, é preciso trabalhar, aprender e abrir a mente. Temos de mudar o nosso caráter e a nossa mentalidade”, afirmou Xanana Gusmão.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas após regressar da Malásia na conferência de chefes de Estado e de Governo da ASEAN, onde, domingo, Timor-Leste concluiu a adesão à organização.
“Tenho dito muitas vezes, sobretudo aos jovens, não perguntem apenas ao Estado o que o Estado vos pode dar, perguntem antes o que vocês podem dar a este país e ao seu povo. É preciso aumentar o vosso conhecimento, aprofundá-lo, para estarem mais bem preparados. Vai chegar a altura de serem vocês a conduzir Timor-Leste por um caminho verdadeiramente promissor”, afirmou Xanana Gusmão.
O chefe do Governo salientou que a entrada na ASEAN é uma excelente oportunidade para Timor-Leste, não apenas uma ocasião para o país “aproveitar oportunidades”, mas um desafio que exige grande esforço em várias áreas, como o combate ao cibercrime, a prevenção do branqueamento de capitais e outras questões emergentes.
“A nossa adesão não é o fim, é o começo. Agora é que começam as grandes responsabilidades para Timor-Leste como membro da ASEAN”, destacou Xanana Gusmão.
O líder timorense reafirmou que o país ainda enfrenta muitos desafios e que a integração na ASEAN será uma oportunidade para melhorar em vários domínios.
“Na educação e na qualidade do ensino, na agricultura, na saúde, nas relações empresariais e em muitos outros setores”, afirmou Xanana Gusmão.
A adesão de Timor-Leste à ASEAN, sublinhou, “não é um presente, nem um direito adquirido”.
“Pelo contrário, entrar na ASEAN significa assumir uma grande responsabilidade, para connosco próprios, para com os países da ASEAN, mas, acima de tudo, para com os timorenses”, concluiu Xanana Gusmão.
O Presidente timorense, José Ramos-Horta, que também regressou hoje ao país proveniente da Malásia, também disse aos jornalistas que é preciso “trabalhar arduamente” para que a ASEAN fique satisfeita com o desenvolvimento de Timor-Leste.
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