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Produtores realizam ensaios para reduzir consumo de água e de fertilizantes

Os produtores de milho e sorgo, em conjunto com a Timac Agro, estão a realizar ensaios para reduzir o consumo de água e fertilizantes, tendo em vista uma produção mais eficiente.

“Vem na sequência de vários estudos que têm vindo a ser feitos pela Anpromis [Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo], empresas e agricultores para colmatar diversos objetivos – o primeiro, que a cultura do milho seja sustentável a médio e longo prazos”, afirmou o presidente da Anpromis, Jorge Neves, em declarações à Lusa.

Para isso, segundo apontou, é necessário aperfeiçoar metodologias e técnicas, tendo em conta que utilizam “recursos que são escassos”, nomeadamente a água e a terra.

O Projeto InovMilho, que teve início em 2014, tem como parceira Timac Agro, empresa especialista em nutrição animal e vegetal, para um estudo na Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, distrito de Santarém.

Este estudo tem em vista a implementação de um plano de fertilização e bioestimulação numa área de 4,5 hectares, considerando a redução de aplicação de 300 unidades de azoto por hectare para 200 unidades.

As técnicas, no caso da água, abrangem sondas de monitorização, recursos informáticos que identificam onde é preciso regar, bem como satélites para averiguar as necessidades das plantas.

Já no que se refere aos fertilizantes, incluem-se ferramentas que permitem que a aplicação dos químicos seja feita com base nas características do solo e por parcela.

“Em 10 hectares, pode haver uma parcela que precise de muito menos adubo do que a outra”, exemplificou Jorge Neves, adiantando que os resultados estão a correr bem.

O presidente da Anpromis lembrou ainda que estas questões assumem especial importância nos dias de hoje, nomeadamente com a guerra na Ucrânia, tendo em conta a dependência da Europa no que diz respeito aos fertilizantes.

“O agricultor tem um ativo que é a terra e que, muitas vezes, muda de geração em geração. O agricultor tem que cuidar do seu ativo e dos recursos fundamentais para exercer a sua atividade”, assinalou.


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