O projeto com um investimento que rondará os 4,5 mil milhões de euros tem dividido opiniões.
Portugal está a ser devastado pela seca extrema e pelas alterações climáticas que têm tido um grande impacto nos caudais dos rios. Existem locais que dependem da água das barragens para fins agrícolas, mas existem zonas onde esta é quase inexistente. Há um plano para aumentar o caudal do rio Tejo e permitir regar os terrenos de agricultura no Ribatejo, Oeste e Setúbal. Contudo, o projeto Tejo ainda não foi colocado em ação.
Os ambientalistas e os empresários criticam a inoperância e a falta de manutenção do rio Tejo, que tem levado à má gestão dos caudais e consequente falta de água.
A desertificação agrícola, a redução de espécies e a intrusão salina são as consequências da seca. O custo de captação é indicado com um obstáculo cada vez maior na continuidade de certas culturas.
O projeto Tejo poderá colmatar os problemas do rio, uma solução de 4,5 mil milhões de euros, com o objetivo de regar 300 mil hectares ao colocar a água em permanência no rio.
O projeto Tejo pretende a construção de uma rede de canais e adutoras a começar na barragem de Castelo de Bode, bem como eclusas para barcos em novos açudes, o que permitirá tornar o rio navegável até Espanha.
Além da navegabilidade, o projeto pretende ainda criar canais de ligação para equilibrar a distribuição de água, na zona Oeste.
Contudo, o ambientalista da Pro Tejo considera o projeto “insustentável” e lança que o rio está nos caudais ecológicos.
Também há quem defenda que a solução passa pela construção de novas barragens.
Com distintas propostas em cima da mesa, o projeto Tejo aguarda pela resposta do estudo técnico pedido pelo Ministério da Agricultura, para apuar a viabilidade económica e ambiental, que será apresentado em outubro.