A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) considera “insuficientes” os apoios anunciados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas para a limpeza de terrenos florestais.
O programa “Floresta Ativa”, do ICNF, que tem candidaturas abertas até 1 de agosto, vai distribuir apoios que podem ir até aos 650 euros por hectare para candidaturas individuais, valor que sobe até aos 800 euros para as candidaturas coletivas.
À Renascença, o vice-presidente da FNAPF, Jorge Carvalho, olha para a medida como “importante”, mas lembra que o valor dos apoios “devia ser encarado não como um valor fixo mas, acima de tudo, de acordo com as diretrizes da tabela CAFP, que define os preços dos trabalhos silvícolas”.
“O valor de 650 euros para a zona da Beira Interior Norte parece-nos um valor relativamente baixo”, exemplifica.
O representante salienta ainda que a medida está “descontextualizada” da realidade, uma vez que prevê que sejam os donos de terrenos florestais a realizar a referida limpeza, algo impossível para a “população com uma idade já muito avançada, que não consegue executar estas tarefas”.
“Estes valores são francamente diminutos, não chegam para contratar. Basta dizer que a contratação de limpeza por hectare andará sempre a rondar entre os 1.700 e os 1.800 euros”, sublinha.