A Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) recomendou hoje “acompanhamento” no processo de construção da Barragem do Pisão, no Crato (Portalegre), atendendo à “complexidade” do investimento.
“Recomenda-se a criação de uma estrutura dedicada para a sua gestão, bem como a colaboração com entidades semelhantes e com experiência na construção e gestão deste tipo de empreendimento”, lê-se no relatório, que foi apresentado hoje publicamente.
A CNA-PRR defende ainda que deverá começar a ser “discutido o modelo de gestão”, após a construção do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, também conhecido por Barragem do Pisão.
O empreendimento vai envolver um investimento total de 171 milhões de euros, dos quais 120 milhões estão inscritos no PRR.
Segundo o cronograma submetido à Comissão Europeia, as obras estarão terminadas em 2025.
De acordo com o Governo, a barragem vai permitir “regar cerca de 5.500 hectares”.
A albufeira vai ainda garantir o abastecimento às populações (cerca de 55 mil pessoas) dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel.
A Barragem do Pisão é uma aspiração e reivindicação histórica das populações do Alto Alentejo, com mais de meio século.
Segundo a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), responsável pela execução do projeto, a futura estrutura vai surgir numa área de 10 mil hectares.