O Grupo Parlamentar do PS-Madeira deu entrada, na Assembleia Legislativa, a um pedido de esclarecimentos dirigido ao presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza sobre a captura de animais errantes nas serras da Região e em outros pontos de interesse turístico, bem como qual o destino que é dado aos mesmos.
De acordo com a deputada Tânia Freitas, são vários os relatos de capturas de felídeos através de armadilhas, alegadamente para proteção de outras espécies. Conforme explica a parlamentar, há inclusivamente muitos turistas a questionarem o facto de encontrarem estes animais nas referidas armadilhas, sendo alguns até transportados em sacas, sem que seja conhecido o seu destino.
A socialista alerta que, não obstante a preocupação em proteger outras espécies, estes animais devem ser recolhidos, mas “com dignidade e cumprindo as regras impostas pela legislação vigente no tocante ao bem-estar animal”. Questiona, por isso, o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza sobre esta situação, qual o número de animais capturados até à data e quais os mecanismos adotados para salvaguardar o seu bem-estar durante a captura e recolha.
Tânia Freitas entende que as autoridades responsáveis devem criar uma estratégia a médio e longo prazo, de forma a controlar a população destes animais, tendo em conta que o seu habitat não é a montanha e podem causar preocupação em relação à preservação de outras espécies. Contudo, frisa que é fundamental que a retirada dos mesmos seja feita de forma correta.
Conforme explica, é importante proceder a esterilizações massivas para controlar a natalidade, bem como recolocar os animais em colónias ou centros de recolha e associações oficiais. Para tal, vinca ainda a deputada, a causa animal tem de ser levada a sério e com rigor na Região.