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– 19-01-2014 |
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Quase metade dos alunos de escola de agricultura do Marco arranja emprego imediato
Quase metade dos alunos que terminam, todos os anos, a formação na Escola Profissional de Agricultura do Marco de Canaveses conseguem emprego no curto prazo, disse à Lusa o director do estabelecimento. De acordo com João Gonçalves, outra parte dos formandos consegue trabalho nos dois anos seguintes, de acordo com a média do estabelecimento. Outros 18% dos alunos que terminam o 12.º ano seguem para o ensino superior. "Muitos dos nossos alunos estão a trabalhar na área da agricultura e turismo em empresas da região e também no estrangeiro. Temos três ex-alunos a trabalhar na Suíça, nas áreas de formação deles", disse o responsável. Em declarações à agência Lusa, João Gonçalves revelou que, "num contexto tão grande de crise e falta de emprego, a mão-de-obra qualificada de nível intermédio (secundário) é muito valorizada", o que se traduz na procura de empresários por alunos da escola. Empresas ligadas às áreas agro-alimentar e de turismo são as que mais procuram os alunos desta escola. "São empresas que já estão instaladas ou que vêm instalar-se no território geográfico da escola, que comporta o concelho de Marco de Canaveses e município limítrofes, como Amarante, Baião, Penafiel e Cinfães, e que lançam projectos inovadores, contando com a mão-de-obra de alunos da escola", assinalou. O estabelecimento está instalado há 24 anos na localidade de Rosem, a cerca de seis quilómetros da cidade do Marco de Canaveses. As instalações estão rodeadas por campos agrícolas, num cenário que reflecte a ruralidade que no passado predominou na região do Baixo Tâmega. O estabelecimento conta com 100 hectares de terrenos totalmente dedicados ao desenvolvimento agrícola, turismo e criação de cavalos. Essas condições, diz o director, têm sido decisivas para o aumento do número de alunos nos últimos seis anos. A escola passou, em seis anos, de 80 para 284 alunos, em resultado da oferta formativa com cursos como jardinagem em espaços verdes, produção agrária, turismo ambiental e rural, gestão equina, gestão de animação turística em espaço rural e cuidados veterinários. Os cursos de gestão de animação turística em espaço rural e cuidados veterinários dão acesso ao ensino superior, através de um protocolo celebrado com a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima. Alguns alunos que frequentam a escola profissional são oriundos de vários concelhos do país, entre os quais Torre de Moncorvo, Mogadouro, Vila Real e Vale de Cambra. Para esses alunos, o estabelecimento disponibiliza um regime de internato, com dormida e refeições gratuitas, apoios suportados pela instituição, ao abrigo de programas do Fundo Social Europeu. A escola tem neste momento cerca de 70 alunos em internato. O grande número de formandos neste regime obrigou a escola a colocá-los em instalações provisórias, enquanto se aguarda a ampliação da residência. A propósito do sucesso daquele projecto educativo, João Gonçalves disse acreditar que "o futuro passa pelas escolas profissionais". O director espera que, no futuro, "haja abertura política para dar espaço e importância" e este tipo de ensino. "Tradicionalmente recuperamos para o sistema de ensino uma parte significativa de alunos que não querem andar noutras outras escolas e que encontram aqui um caminho para a sua vida", destacou ainda. Em termos de projectos para o futuro, anuncia-se, a curto prazo, a construção de um picadeiro coberto e a recuperação de uma habitação para turismo rural. Fonte: Lusa
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