No dia de São Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho. Mas, este ano, há pouco deste fruto seco, e a apanha ainda está a decorrer.
A seca fez atrasar a produção e em Trás-os-Montes, onde nenhum produto agrícola tem tanto valor económico como a castanha, os efeitos já se sentem na indústria de transformação e exportação do fruto.
Embora ainda seja cedo para fazer as contas, os produtores já preveem quebras a rondar os 80% e há mesmo quem admita que o setor pode colapsar.
Os produtores justificam esta quebra, com o frio dos últimos dias do mês de julho e ao calor e falta de água em todo o verão.
Lindolfo Afonso, é um dos maiores produtores de castanha da região transmontana, com soutos em Espinhosela, no concelho de Bragança. Anualmente, a produção chega às 80 toneladas, mas este ano deve ficar-se pelas 20. “O ano passado ainda fiz cerca de 140 mil euros, este ano devo fazer 20 ou 30 mil, o que não dá para os custos de produção”, lamenta.
Também Marcelino Rodrigues, produtor de Meixedo, igualmente no concelho brigantino, fala em prejuízos consideráveis. “Deve ser uma quebra de 80%, […]