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Quénia volta a autorizar importação e cultivo de milho geneticamente modificado

O Presidente queniano, William Ruto, autorizou hoje a importação e cultivo de milho geneticamente modificado, proibido desde 2012, para lidar com a grave seca no país, de acordo com uma declaração presidencial.

As autoridades, que pretendem “redefinir significativamente a agricultura no Quénia”, anunciaram a autorização de “culturas resistentes a pragas e doenças”.

A presidência “anulou a sua decisão anterior de 08 de novembro de 2012 que proibia o cultivo” de organismos geneticamente modificados, afirma-se na declaração.

“O cultivo e a importação de milho branco geneticamente modificado é agora permitido”, acrescentou.

As autoridades também querem “reduzir a dependência” da agricultura intensiva em água no país, “através da plantação de culturas resistentes à seca”.

William Ruto, que foi eleito em agosto passado, prometeu combater a inflação, que é particularmente elevada nos combustíveis, alimentos, sementes e fertilizantes.

Uma semana após a tomada de posse, em setembro, o chefe de Estado reduziu para metade o preço dos fertilizantes.

Antigo ministro da Agricultura, Ruto prometeu revitalizar o setor, um pilar da economia que representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

O Quénia, a potência económica da África Oriental, está a sofrer uma seca sem precedentes em 40 anos, e a fome afeta pelo menos quatro milhões de pessoas de uma população de mais de 50 milhões. De acordo com as autoridades, a seca está a atingir 23 das 47 regiões do país.

Devido a fracas épocas chuvosas, os rios e poços secaram, as pastagens transformaram-se em pó, causando a morte de mais de 1,5 milhões de animais no país.


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