Tradição antiga cumpriu-se na Quinta do Crasto, em Sabrosa, com almoço e festa para patrões e empregados.
Ainda só são 10 horas, mas José Esteves já prepara, sobre a caixa aberta de uma carrinha, o palco onde há de tocar e cantar para os colegas. “Ora bem, a coisa está a ficar boa”, atira, ao microfone, após finalizar o ensaio ao som de uma das três concertinas que trouxe de casa, que fica na aldeia de Gouvinhas, em Sabrosa. O seu espetáculo “Casa Alegre” faz parte da festa de encerramento da vindima na Quinta do Crasto.
Com 23 anos de casa e a um de se reformar, José Esteves põe empenho no preparo da atuação, que será complementada por um leitor de CD de Toy e de outros artistas bons para animar o baile. As cozinheiras arranjam as carnes, o pão e tudo quanto há de compor o repasto pago pela quinta. Na adega lavam-se os cestos e fazem-se as limpezas de fim de colheita. “Estou estafado”, confessa José Correia, não obstante “a vindima ser a parte mais bonita do ano”. […]