eucaliptal

Reconversão de eucaliptais atinge 556ha no Parque Natural do Tejo Internacional

A operação envolveu a celebração de protocolos com entidades proprietárias de quatro terrenos situados nos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, repovoados com sobreiro, azinheira e pinheiro manso.

As intervenções de reconversão de eucaliptais iniciadas em agosto de 2019, para recuperação ecológica de áreas no Parque Natural do Tejo Internacional, atingiram recentemente 556 hectares (ha). As operações estão enquadradas no Projeto de Restauro e Prevenção Estrutural da área protegida, determinada RCM nº 167/2017, de 2 de novembro.

O plano, financiando pelo PO SEUR, envolve a implementação de formas de gestão sustentável, com várias ações: medidas de defesa da floresta e vigilância contra incêndios, iniciativas de reconversão de eucaliptais abandonados, em áreas sob gestão pública e melhoria das condições de alimentação e nidificação das espécies prioritárias da avifauna necrófaga.

Destaque-se o modelo de intervenção que parte de protocolos estabelecidos com entidades proprietárias de terrenos abrangidos pelo parque natural. A área intervencionada inclui quatro propriedades: a Monte da Ponte, situada no concelho de Castelo Branco, e a Fainina, Tremal e Vale do Cura, localizadas no concelho de Idanha a Nova.

As intervenções associadas consistiram na reconversão de povoamentos de eucalipto com sobreiro, azinheira e pinheiro manso, na beneficiação de galerias ripícolas, na beneficiação de bosquetes de azinheiras e espécies autóctones, e melhoramento de habitats. A título de exemplo na propriedade denominada Tremal reconverteram-se cerca de 21 hectares de eucaliptal, com beneficiação dos pequenos bosquetes de azinheiras e azinheiras dispersas existentes. Nestas áreas, procedeu-se em cada três linhas consecutivas de plantação com eucalipto ao arranque de duas linhas consecutivas, com posterior plantação de duas linhas alternadas de azinheira e pinheiro manso.

O Parque Natural do Tejo Internacional foi criado pelo Dec.-Reg. n.º 9/2000, de 18 de agosto, e os seus limites foram posteriormente alterados pelos Dec.-Reg. n.º 3/2004, de 12 de fevereiro, e n.º 21/2006, de 27 de dezembro, abrangendo uma superfície de 26 484 hectares nos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

O artigo foi publicado originalmente em ICNF.


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