egundo avança a Agência France-Press (AFP), as autoridades daquele país acreditam que o barco transportava migrantes sem documentos e que fazia parte de um grupo de pelo menos 300 pessoas que se dividiram entre vários barcos.
O barco terá virado há três dias perto da ilha de Tarutao, na Tailândia, ao norte da estância balnear de Langkawi, na Malásia, segundo o chefe da polícia do estado de Kedah, Adzli Abou Chah, à imprensa malaia, referido pela AFP.
O diretor da Agência de Segurança Marítima da Malásia nos estados de Kedah e Perlis, Romli Mustafa, disse, em comunicado, que foram hoje encontrados três sobreviventes nas águas ao redor de Langkaw e seis corpos, elevando o número total de mortos para sete.
No total, 13 pessoas foram resgatadas.
Os seis corpos encontrados hoje são de uma menina e cinco mulheres, precisou Romli, sem revelar a etnia dos mortos, sendo que as autoridades acreditam que a mulher cujo corpo da mulher foi encontrado no sábado pertencia à minoria rohingya, perseguida na Birmânia.
As operações de busca foram encerradas por hoje e serão retomadas na segunda-feira, acrescentou Romli, precisando que é possível que outros sobreviventes ou vítimas sejam encontrados no mar.
Segundo Adzli, terá sido ordenado ao grupo de 300 pessoas que “se dividissem em três barcos mais pequenos, cada um transportando 100 pessoas”, cita a AFP.
O mesmo responsável adiantou, em declarações ao New Straits Times, que “a situação dos outros dois barcos continua desconhecida”, precisando que as autoridades marítimas lançaram operações de busca e salvamento.
A Malásia acolhe milhões de migrantes provenientes de países asiáticos mais pobres, nomeadamente imigrantes ilegais que trabalham na construção civil ou na agricultura.
As travessias daqueles imigrantes, facilitadas por organizações de tráfico de seres humanos, são muitas vezes perigosas e podem terminar em naufrágios.
Em dezembro de 2021, um dos meses mais trágicos na Malásia, mais de 20 migrantes morreram afogados em vários naufrágios ao largo da costa do país.
“As organizações de contrabandistas estão cada vez mais ativas, explorando os migrantes, tornando-os vítimas de tráfico de seres humanos e obrigando-os a utilizar rotas marítimas de alto risco”, denunciou Romli Mustafa.
De acordo com a imprensa local, aqueles grupos cobram entre 3.200 e 3.500 dólares pela travessia para a Malásia.
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