Foi aprovado por 195 países, no dia 4 de abril de 2022, o Relatório para Decisores do Grupo de Trabalho (WG) III, do Painel Intergovernamental da ONU para as Alterações Climáticas (IPCC), com o título “Alterações Climáticas 2022: Mitigação das Alterações Climáticas.
Este é o 3º Relatório do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC (AR6), que será concluído este ano, depois da aprovação dos dois relatórios dos WG I e WG II, respetivamente, Base Cientifica das Alterações Climáticas e Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade.
Neste Resumo foram identificados caminhos para manter o aquecimento global em 1,5°C, entre outros limites de temperatura e avaliada a viabilidade, eficácia e os benefícios de diferentes estratégias de mitigação.
Indicamos algumas das principais conclusões:
- As emissões globais de GEE continuaram a aumentar no período 2010-2019, mas para limitar o aquecimento a 1,5°C, é necessário limitar o crescimento em 2025
- Não deverá haver novas infraestruturas baseadas em combustíveis fósseis;
- Existem opções em todos os setores para reduzir pelo menos metade das emissões até 2030;
- Mudanças de comportamento e estilo de vida têm um papel fundamental na mitigação das alterações climáticas;
- A evidência é clara: a hora de agir é agora. Temos de reduzir em metade as emissões até 2030.
É evidente que manter o aumento da temperatura global em 1,5°C ainda é possível, mas apenas se agirmos imediatamente. Será necessário atingir o pico das emissões de Gazes com Efeito de Estufa (GEE) até 2025, reduzir essas emissões em metade até 2030, atingir o zero líquido até meados do século e, ao mesmo tempo, assegurar uma transição justa e equitativa. Com riscos crescentes de secas, inundações, incêndios florestais e outros efeitos adversos das alterações climáticas, esses são prazos que não se podem ignorar.
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O artigo foi publicado originalmente em IPMA.
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