(Re)pensar o agroalimentar – Editorial Teresa Silveira+Suplemento Agrovida

A indústria agroalimentar atingiu em 2016 um volume de negócios de 15,4 mil milhões de euros, com um VAB de 2,8 mil milhões, sendo responsável por mais de 108 mil empregos diretos e mais de 500 mil indiretos. No global, registou um volume de exportações de 6,3 mil milhões de euros (11,3% do total da economia). As exportações da indústria alimentar e das bebidas cifraram-se em 4,6 mil milhões de euros, mais 3,7% em relação a 2015, representando 9,2% do total das exportações da indústria transformadora.

Na vertente da indústria 4.0, que está na ordem do dia, “Portugal foi o único país da UE que englobou na definição da sua estratégia nacional um grupo de trabalho para o agroalimentar”, destacou esta semana, no 6º congresso da FIPA, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos. Referiu, aliás, esse facto como tendo sido “uma surpresa em toda a Europa”. Estamos em presença de um setor “fundamental para o desenvolvimento empresarial português”, frisou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento da reunião magna da FIPA, pedindo mesmo aos empresários que “continuem a saber antecipar o futuro”, concentrando-se no “essencial” e deixando cair o “acessório”.

O agroalimentar está, porém, disperso por múltiplas entidades representativas – CAP, FIPA, PortugalFoods, PortugalFresh, InovCluster, AgroCluster, entre outras. E pese embora o recente reconhecimento do AgroFood Portuguese Cluster, que agrega estas quatro últimas estruturas, cada qual prossegue a sua própria estratégia de ação, de acordo com o seu próprio orçamento, recursos humanos e linhas de apoio públicas. E continuam a comunicar – ou até não – ações, projetos e inovação cada uma por si e sem qualquer estratégia e identidade comuns. Há desafios enormes, internos e externos, o tempo urge e a pergunta impõe-se: pode um dia o agroalimentar unir-se e falar a uma só voz?

→Descarregue aqui o suplemento – AGROVIDA – ABRIL 2017  do Jornal Vida Económica←

 


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